O Inter ainda não desistiu de recontratar o preparador físico Flávio de Oliveira, o preferido do clube para resolver o grave problema da falta de fôlego que vem afetando a equipe no segundo tempo dos jogos. Na vitória por 2 a 1 sobre o Metropolitanos-VEN, nesta quinta (25), mais uma vez o time apresentou uma queda brusca de rendimento na etapa final. Por isso, setores da direção tentam convencer o presidente Alessandro Barcellos a aumentar a oferta salarial para fechar o quanto antes com o preparador dos sonhos.
Flávio de Oliveira trabalhou no Beira-Rio em 2022 e foi considerado o principal responsável pelo bom preparo físico que marcou a campanha do vice-campeonato brasileiro do ano passado. Porém, uma proposta irrecusável ao final da temporada levou o profissional para o Corinthians.
Para o seu lugar, o Inter contratou Jean Carlo Lourenço, que estava no Santos. Contudo, conforme avaliação interna, o trabalho do profissional não deu certo, e os jogadores colorados estão tendo dificuldades de aguentar a alta intensidade dos jogos por mais de 45 minutos. Por isso, o preparador acabou sendo demitido há duas semanas.
O nome preferido para substituí-lo é justamente Flávio de Oliveira, que acabou sendo desligado do Corinthians mais ou menos na mesma época e está livre no mercado. O problema é que o preparador ganhava em São Paulo um salário de R$ 120 mil mensais, valores impraticáveis no entendimento da direção colorada. Em 2022, por exemplo, o profissional recebia cerca de R$ 40 mil mensais no Beira-Rio.
Além disso, conforme estabelecido em seu acordo de rescisão com o clube paulista, Oliveira receberá este salário integral até dezembro enquanto não acertar com outro clube. Desta forma, não seria vantajoso para o preparador aceitar uma proposta mais baixa dos colorados neste momento.
O Inter fez recentemente uma nova investida por Flávio de Oliveira, considerado o nome ideal para restabelecer o preparo físico do time. A direção negocia com o profissional e tenta convencê-lo a aceitar valores compatíveis com a capacidade financeira colorada. A tratativa é considerada bastante difícil.
Em paralelo, setores da direção tentam convencer o presidente Alessandro Barcellos a abrir os cofres e aumentar a oferta para fechar com Flávio de Oliveira o quanto antes. Afinal, as deficiências na parte física podem gerar consequências graves — e até irreversíveis — na temporada enquanto o problema não for corrigido.
Enquanto isso, o auxiliar da função, João Goulart, bastante elogiado internamente, segue comandando os trabalhos físicos de forma interina, com o auxílio do coordenador de performance, Antônio Carlos Fedato Filho.
Conforme avaliação do clube, a perspectiva é de uma melhora significativa na parte física do grupo em meados de junho, quando haverá um período de 10 dias sem jogos, em virtude da pausa para os amistosos entre seleções nas "datas Fifa". O desafio colorado, por sua vez, será se manter vivo nas competições até lá.