O pedido do Ministério Público para que a filha do torcedor do Inter que invadiu o gramado do estádio Beira-Rio no último domingo (26) fosse levada a uma instituição de acolhimento foi rejeitada pela Justiça gaúcha. A decisão é do Juiz de Direito Tiago Tweedie Luiz, titular da 6ª Vara Cível do Foro da Comarca de Canoas, que atua na área da infância e juventude.
Conforme o magistrado, é necessário realizar uma análise das condições familiares antes de avaliar a necessidade de aplicação dessa medida. O Tribunal de Justiça (TJ) informou em nota, na tarde desta terça-feira (28), que solicitou aos órgãos ligados à proteção de crianças uma série de diligências para apurar a situação da menina.
Questionada pela reportagem, o MP afirmou que requereu o pedido de acolhimento para se efetivar apenas se considerado necessário. Já a advogada do torcedor, Thayane Paixão, afirmou ainda não ter tido acesso à decisão.
Além desse pedido, o órgão solicitou ao poder judiciário medida protetiva para a menina, o que a impediria de ficar próxima ao pai. A providência ainda está em análise.
O homem de 33 anos entrou em campo após a partida entre Inter e Caxias, pela semifinal do Gauchão. Com a filha no colo, ele agrediu o lateral Dudu Mandai, do time da Serra, além do cinegrafista da RBS TV Gabriel Bolfoni.
Ele responde por dois inquéritos na Polícia Civil, um por lesão corporal e invasão de campo, e outro por submeter a filha a vexame e constrangimento. Em depoimento à polícia na segunda-feira (28), ele disse que entrou no campo com a intenção de proteger a filha e que teve o acesso facilitado pelos seguranças do Inter.