O sonho do volante Johnny de disputar a Copa do Mundo 2022 é real, mas está longe de ser fácil. No radar do técnico dos Estados Unidos, Gregg Berhalter, o atleta do Inter tem como trunfos a polivalência e o bom momento com a camisa colorada. Porém, enfrentará uma dura concorrência com meio-campistas mais experientes e com mais rodagem pela seleção norte-americana.
Ao longo da última semana, o site American Soccer Now publicou uma reportagem sobre os principais atletas americanos que atuam fora da Major League Soccer (MLS) e se referiu a Johnny como uma "esperança para os Jogos Olímpicos de 2024, em Paris". A GZH, o autor da matéria, o jornalista Brian Sciaretta, disse que o meio-campista até pode conquistar uma vaga no grupo do Catar. Porém, a disputa será complicada.
— Será difícil, mas ele está no páreo. O problema para ele é que os atuais meio-campistas da seleção estão jogando juntos há vários anos. O primeiro volante titular é o capitão do time, Tyler Adams. Honestamente, Johnny não irá jogar no lugar dele. Já o reserva imediato é Kellyn Acosta, que está há muito tempo na seleção, é um jogador popular e vem tendo boas atuações. Penso que a maior chance de o Johnny ir à Copa é como um "número 8" reserva — avalia Sciaretta.
O lado negativo é que, nos três amistosos em que jogou pela seleção norte-americana, Johnny atuou sempre como primeiro volante, justamente a função onde não há mais vagas abertas. Já o lado positivo é que, no Inter, o garoto de 20 anos vem atuando justamente como um meio-campista mais ofensivo, onde a perspectiva de convocação é maior. O atleta, aliás, aposta justamente na versatilidade para conquistar o treinador ianque.
— Pelos Estados Unidos, eu atuei mesmo como primeiro volante. Mas já tive conversa com o treinador sobre isso, pois eu tenho essa versatilidade no meio-campo, o que é um ponto positivo em uma Copa do Mundo. Estou preparado. Existe o contato com a seleção, mas é claro que tudo vai depender do meu desempenho aqui. Se vier a convocação, que é o sonho de qualquer atleta, vou ficar muito feliz — explicou Johnny.
Segundo Sciaretta, a concorrência pelas vagas de "número 8" também será dura para Johnny. Porém, nesta função, existem perspectivas reais de uma convocação para o Catar.
— Nesta função, temos Weston McKennie e Yunus Musah como titulares, mas os reservas estão em aberto, especialmente por conta das lesões de Cristian Roldan. Mark Tillman é novo no time, mas vem agradando ao técnico Gregg Berhalter. Eu diria que o principal concorrente de Johnny é Luca de la Torre, do Celta de Vigo. Mas vale lembrar que, se não vier a convocação para a Copa, o Johnny também é um jogador observado para os Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, competição para a qual os Estados Unidos já estão classificados.
Nascido em Nova Jérsei, nos Estados Unidos, embora tenha sido criado em Criciúma, o volante tem cidadania norte-americana e é monitorado pela seleção daquele país desde a base.
O próximo passo de Johnny é aguardar a convocação para dois amistosos que os Estados Unidos farão nos dias 23 e 27 de setembro, contra Arábia Saudita e Japão. Serão os últimos jogos antes da definição da lista final para o Catar.