Uma das missões do técnico do Inter, Mano Menezes, a partir de agora é recuperar o ambiente de Edenilson no Beira-Rio. Até agora, o clube não recebeu ofertas pelo meio-campista, e a tendência é de permanência do atleta até dezembro. Em recuperação de um edema no joelho esquerdo, o volante deve ser atração da equipe na próxima rodada, contra o Avaí, na segunda (22).
Por conta do ambiente conturbado, a direção colorada não dificultaria a saída de Edenilson caso recebesse uma proposta de algum país que ainda está com a janela de transferências aberta, como ocorre no Oriente Médio. Porém, além de o clube não ter recebido ofertas, o cenário do mercado hoje aponta como pouco provável que haja uma nova investida do mundo árabe pelo jogador.
O principal motivo para isso é a falta de treinadores brasileiros nos principais clubes árabes. Desde que chegou ao Inter, em 2017, Edenilson já recebeu três propostas da Arábia Saudita, sempre de clubes que, à época, eram comandados por treinadores brasileiros. Hoje, contudo, o cenário é diferente, e os árabes não parecem dispostos a investir em um atleta com o perfil do atleta colorado.
Em 2019, o Colorado recebeu pelo volante uma oferta do Al-Hilal, então comandado por Péricles Chamusca. Já em 2020, foi a vez de o Al-Ittihad, treinado à época por Fábio Carille. Em 2021, por sua vez, Chamusca assumiu o comando do Al-Shabab e, mais uma vez, indicou o nome de Edenilson. As três ofertas, contudo, foram recusadas pela direção colorada.
Além disso, os times que já se interessaram por Edenilson estão bem servidos no meio-campo. O Al-Ittihad, por exemplo, conta com o brasileiro Bruno Henrique, ex-Palmeiras. Já o Al-Shabab tem em seu plantel o argentino Ever Banega, ex-seleção argentina. Por fim, o Al-Hilal conta com o colombiano Cuellar, ex-Flamengo, e com o brasileiro Matheus Pereira, ex-Sporting.
Conforme apurado por GZH, o Inter tem a informação de que, desta vez, é improvável que o clube receba uma proposta do mundo árabe. Sem a indicação específica de um treinador brasileiro, os sauditas devem investir em atletas mais jovens ou em jogadores que se encontram em um melhor momento.
Desta forma, a tendência é de que Edenilson fique no Beira-Rio ao menos até dezembro, quando a janela de transferências nacional será reaberta, e o jogador possa ser negociado com outro clube brasileiro. Até lá, Mano Menezes tentará, aos poucos, recuperar o ambiente do volante com o torcedor.