O presidente do Inter, Alessandro Barcellos, falou pela primeira vez após a eliminação para o Melgar na Copa Sul-Americana antes da partida deste domingo (14), contra o Fluminense, no Beira-Rio. O dirigente comentou sobre o resultado do meio da semana, a possibilidade de renovação com o técnico Mano Menezes e a respeito de chegadas e saídas ao clube.
O principal nome comentado foi o do chileno Charles Aránguiz, do Bayer Leverkusen, que estaria novamente na mira do Inter. Porém, de acordo com o presidente colorado, a chance de repatriar o meio-campista é remota:
— Nós não temos nenhuma previsão de chegada de atletas. Gostamos e gostaríamos muito de contar com a possibilidade de o Aránguiz estar aqui, mas sabemos hoje o custo que é um atleta, quanto o Internacional está disposto e tem condições de pagar e isso tem uma distância muito grande, o que dificulta demais essa possibilidade.
Ao ser questionado se um jogador como Aránguiz não se pagaria tanto pela questão técnica quanto de apoio da torcida, Barcellos reafirmou que o negócio esbarra na situação financeira do clube.
— O Aránguiz ou qualquer outro jogador hoje depende de um clube forte financeiramente. É uma engrenagem que precisa funcionar, e essa engrenagem ainda não está funcionando como a gente acha que deve funcionar. Para isso deve se fazer um trabalho. Hoje, o Internacional não tem condições de assumir compromissos da ordem e da grandeza que se colocam alguns jogadores que muitas vezes são oferecidos no mercado. Nós temos a clareza sobre a situação financeira do clube — disse o dirigente.
A possibilidade de saída de jogadores contestados, especialmente Edenilson, foi rechaçada por Alessandro Barcellos. Conforme o presidente colorado, não existe nenhuma proposta pelo atleta ou por qualquer outro jogador do Inter neste momento. Ele afirmou, ainda, que não há previsão de novas saídas. Sobre o camisa 8, salientou:
— Não vamos individualizar depois de uma derrota difícil. Quando ganhamos, ganhamos todos. Quando perdemos, perdemos todos. É um ativo importante, um jogador que chegou à Seleção Brasileira pelo Internacional, e portanto vamos tratar dessas questões internamente, sabendo do potencial e da qualidade que ele já demonstrou dentro de campo.
Outro tema abordado na entrevista foi a renovação com o técnico Mano Menezes. O presidente do Inter defendeu a importância da continuidade do trabalho do treinador, mas garantiu que não há pressa para concluir a negociação.
— Acho que a questão da continuidade é um tema importante. Acreditamos muito nisso. Os resultados positivos que temos visto ultimamente no país têm mostrado equipes que têm essa continuidade, mesmo tendo alguma dificuldade para estabilizar no início desses trabalhos. Acreditando nisso, a gente mantém essa convicção. Mas são negociações que estão em andamento, a gente não tem uma data limite para isso. O Mano tem contrato até o fim do ano, vamos trabalhando para que a gente possa, tão logo seja concluída essa negociação, anunciar — destacou.
Por fim, Barcellos assegurou que o foco do time, a partir de agora, está em pelo menos garantir uma vaga na Libertadores de 2023. O título, embora ainda possível matematicamente, o próprio presidente entende que está distante.
— Sabemos que é um campeonato difícil. O Palmeiras está muito distante do segundo, do terceiro, dos demais colocados. Mas estamos nesse bolo dos seis primeiros. Vamos buscar a melhor classificação possível no Brasileiro, que nos leve à Libertadores. É um caminhada que tem de ser jogo a jogo. Vamos fazer esse trabalho de remobilização para que possamos buscar estar na ponta junto com os demais clubes — concluiu o presidente do Inter.