Além do atraso nos direitos de imagem dos atletas, o Inter luta para quitar outros débitos importantes. No início do ano, o clube foi acionado na Fifa pelo ex-técnico Miguel Ángel Ramírez, que cobra R$ 2 milhões relativos à sua rescisão de contrato. Em caso de não pagamento, o Colorado seria proibido de contratar jogadores nas próximas janelas. Para evitar esta punição, a direção chegou a um acordo com o treinador espanhol e o processo foi extinto.
Após a demissão, em junho de 2021, Inter e Ramírez não chegaram a um acordo em relação ao pagamento da multa rescisória, e o clube ficou devendo R$ 2 milhões. Por conta disso, o espanhol ingressou com uma ação contra o Colorado no Tribunal do Futebol, na Fifa.
Nos bastidores, a condenação era considerada certa, e o Inter teria o prazo de 45 dias para pagar a dívida ao ex-técnico. Caso contrário, o clube sofreria o chamado “transfer ban”, ou seja, seria proibido de contratar jogadores pelas próximas três janelas de transferências ou até a quitação total do débito.
O Colorado reconhece a dívida, mas alega que chegou a um acordo com Ramírez, e o processo foi extinto.
“Sobre os termos da rescisão do Inter com o seu ex-técnico Miguel Angel Ramirez: diante de algumas controvérsias na negociação a partir do fim do vínculo, o Clube foi demandado na FIFA. Todas as questões foram devidamente resolvidas sob ponto de vista jurídico e financeiro a partir de uma composição final entre as partes. Não há processo em tramitação que envolva o ex-treinador e o Sport Club Internacional”, declarou o clube através de nota enviada a GZH.
Conforme apurado por GZH, o Inter reconhece o débito de R$ 2 milhões, mas propôs a Ramírez para quitar esta dívida em prestações mais suaves. Como o espanhol aceitou a oferta, a Fifa suspendeu o processo. Porém, o Colorado precisará manter este pagamento em dia, sob pena de o treinador acionar novamente o clube gaúcho na Fifa.
Diante da crise financeira que assola o clube, a direção está atenta ao risco de novos débitos acarretarem uma punição mais séria, como o “transfer ban”.