Desde que Mano Menezes desembarcou em Porto Alegre para comandar o Inter, a equipe colorada nunca mais perdeu. Até agora, são sete partidas, com três vitórias (duas na Sul-Americana e uma no Brasileirão) e quatro empates (dois na competição continental e dois no campeonato nacional).
GZH aponta três motivos que ajudam a explicar a invencibilidade colorada desde que o novo treinador assumiu.
Reforços à disposição
Ao contrário de Cacique Medina, que ficou três meses esperando os reforços que havia pedido, Mano desembarcou praticamente junto de um pacote de jogadores. Renê, Vitão, Alan Patrick, Pedro Henrique e Wanderson, que só estreou contra o Fluminense, na primeira partida do técnico, aumentaram de forma significativa o leque de alternativas. São jogadores que permitem ao técnico mudar a equipe sem perder força.
— Mano Menezes passou a ter opções. Com a entrada dos reforços no elenco, o treinador teve a oportunidade de fazer testes e conseguiu achar a melhor escalação para os enfrentamentos do Brasileirão e da Sul-Americana — explica Filipe Gamba, colunista de GZH.
Ideia de jogo
Com a chegada de Mano, o Inter passou a jogar de uma maneira diferente daquela que vinha atuando com o uruguaio Alexander Medina. Somado a isso, o atual treinador entendeu que teria de se adaptar às peças disponibilizadas pela direção colorada. Com a janela fechada, o técnico soube tirar o máximo de cada jogador, potencializando, assim, a equipe como um todo. A mudança fez com que o Colorado se tornasse um time mais pragmático, mas também mais seguro.
— Mano adota, na fase ofensiva, uma ideia que já estava aplicada, com o ataque à última linha adversária sendo feito por linha de cinco jogadores. Ele adota a estrutura, mas usa mecânica distinta para colocá-la em funcionamento. O Inter marca da intermediária para trás, em boa parte do jogo, mas sai em altíssima velocidade quando recupera a bola. A transição rápida é o pilar da ideia de jogo de Mano, que busca sempre ser objetivo com a bola e chegar com, pelo menos, quatro ou cinco jogadores dentro da área — comenta Leonardo Oliveira, comentarista da Rádio Gaúcha e colunista de GZH.
Estabilização da defesa
Mano conseguiu estancar a sangria defensiva do Inter. Sua primeira medida foi reorganizar o sistema defensivo e, com isso, dar mais segurança para a equipe. Como a título de comparação, em sete jogos, o Colorado acabou quatro sem tomar gols — contra Fluminense, Avaí e duas vezes contra o Independiente Medellín. Já com Alexander Medina, ex-treinador do Inter, em 17 jogos, o time passou apenas seis sem que o goleiro fosse vazado.