O Inter deve anunciar ainda nesta sexta-feira (4) mudanças drásticas no departamento de futebol e na comissão técnica. Uma reunião à tarde deve confirmar as quedas do vice de futebol Emílio Papaléo, do executivo Paulo Bracks e do técnico Alexander Medina. O presidente Alessandro Barcellos sofre pressões para contratar um coordenador-técnico e um treinador brasileiro. Nos bastidores, são sugeridos os nomes de Odair Hellmann e Mano Menezes.
O desempenho sofrível e a eliminação vexatória da Copa do Brasil, nesta quinta (3), em Ceará-Mirim-RN, assustaram os dirigentes. Segmentos importantes da direção defendem medidas radicais e com impacto "arrasa-quarteirão" no clube. Na avaliação de pessoas próximas ao presidente, não há ambiente para a permanência dos dirigentes do futebol e da comissão técnica.
Já há algumas semanas, a relação entre o grupo de jogadores e o diretor-executivo de futebol, Paulo Bracks, dá sinais de desgaste. Com apenas três anos de experiência no futebol profissional, o dirigente não conseguiu contratar os jogadores pedidos por Medina e demonstrou ter dificuldades em liderar o vestiário.
Emílio Papaléo tem um cargo mais político e institucional, sem protagonismo no relacionamento direto com os atletas no dia a dia. Tanto é que o dirigente não estava em Ceará-Mirim e, no último domingo (27), tinha sido liberado para viajar, de folga, ao Uruguai. Entre os nomes cotados para assumir o posto de vice de futebol estão o do diretor geral da base, Felipe de Oliveira, e do diretor do time sub-20, Felipe Becker.
O técnico Alexander Medina também deve ser demitido, o que custará ao clube o pagamento de uma pesada multa rescisória, de aproximadamente R$ 7 milhões. A avaliação é de que o grupo não se adaptou ao modelo de jogo do treinador e que não há ambiente para o uruguaio permanecer.
Sendo confirmada a troca no comando técnico, Barcellos é pressionado para escolher um técnico brasileiro e de "resposta rápida". Nos bastidores são sugeridos os nomes de Odair Hellmann e Mano Menezes. No caso de Odair, as dificuldades são a multa rescisória para liberá-lo do Al Wasl-EAU e o alto salário. Com menos força, outro nome especulados é o de Lisca.
Segmentos importantes da direção pedem ainda que Barcellos cumpra a promessa de campanha de contratar um ex-jogador para o cargo de coordenador técnico. Segundo a avaliação de pessoas com trânsito livre na gestão, o vestiário carece de uma figura com perfi de liderança junto aos atletas. O cargo só não foi preenchido a pedido de Paulo Bracks, que era contrário à ideia. Agora, com a iminente saída do executivo, o coordenador deve ser contratado para devolver harmonia ao vestiário.
Em função da proximidade com o jogo decisivo contra o Aimoré, no domingo (6), e com o Gre-Nal, na quarta (9), as mudanças devem ser anunciadas ainda nesta sexta (4).