Desde a eliminação na Libertadores, o Inter não enfrentava a maratona de jogos do calendário brasileiro. A queda na competição sul-americana, combinada à que já havia ocorrido na Copa do Brasil, coincidiu com o período em que o Brasileirão tem partidas apenas nos finais de semana. Pois em outubro, o cenário muda: trata-se do mês reservado a jogar quarta/quinta e sábado/domingo. E o desafio para Diego Aguirre é manter a equipe com o aproveitamento que teve quando teve folga maior.
Foram nove semanas sem jogos nas quartas e quintas-feiras. Nesse período, o time conquistou cinco vitórias (sendo uma os 4 a 0 sobre o Flamengo no Maracanã), teve três empates e perdeu apenas para o Atlético-MG no Mineirão. Para comparação: se pegarmos o mesmo número de jogos imediatamente anteriores a esses, os números são bem piores. O Inter ganhou somente do Juventude, empatou cinco (contando a queda para o Olímpia na Libertadores) e perdeu três.
Serve acender o alerta no Beira-Rio. Até porque nessa sequência que vem por aí, Aguirre não terá, por mais duas partidas, os jogadores convocados para suas seleções. Todos os times que foram desfalcados pelas Eliminatórias perderam pontos na rodada — inclusive quando se enfrentaram, como Bragantino e Flamengo, houve empate.
Essa situação fará o técnico rodar o grupo, prática que ele basicamente apresentou ao Inter em 2015 e que, graças ao intervalo entre os jogos, não precisou usar tanto nas últimas semanas. E que suscitou debates depois da partida contra o Atlético-MG. O compromisso de quarta-feira foi a primeira prova. O time teve 11 desfalques e até nomes quase desconhecidos como Matheus Cadorini, centroavante do sub-20, apareceu entre os relacionados.
Foram 11 desfalques no Ceará, número que será reduzido no domingo (10). Cuesta retorna após cumprir suspensão, Taison está com um quadro melhor de saúde após ter apresentado sintomas de gripe. Entre as opções, Boschilia será reavaliado após o incômodo no joelho que o tirou da viagem.
Além disso, a questão física será fundamental. Ponto de polêmica na primeira passagem de Aguirre, em 2015, o trabalho da preparação até agora tem recebido apenas elogios.
— Estamos plenamente satisfeitos, é uma resposta positiva. Não temos déficit físico nenhum — comentou o vice de futebol, Emílio Papaléo Zin.
Se vai ter desfalques em campo, Aguirre espera contar com um "reforço" do lado de fora. Até o momento, das 20 partidas em que comandou o time, apenas oito foram 8 em casa. No Beira-Rio, ainda sem torcida, venceu as últimas três. A partir de domingo, ainda que com restrições, terá o apoio dos colorados.
— Seguramente o time terá uma boa resposta. Vai brigar, jogar. Vamos fazer de tudo para dar essa vitória aos colorados. Estou com muita expectativa deste jogo em casa — declarou Aguirre.
O outro aspecto positivo dessa sequência diz respeito à logística. Dos seis compromissos que restam até o final de outubro, quatro serão em casa (já incluída a partida atrasada do primeiro turno, diante do Bragantino), e as duas que terá como visitante serão em São Paulo, uma das mais curtas das viagens do Brasileirão. E a última, com a folga de uma uma semana.
Jogos em outubro
- 10/10 — 11h — Chapecoense (C)
- 13/10 — 21h30min — América-MG (C)
- 17/10 — 16h — Palmeiras (F)
- 21/10 — 20h — Bragantino (C)
- 23 ou 24/10 — Corinthians (C)
- 30 ou 31/10 — São Paulo (F)