A direção do Inter criou um grupo de estudos para avaliação de diversas situações que envolvem a relação do clube com o torcedor, incluindo campanhas de marketing e comunicação. Mas um ponto chama a atenção: a possibilidade de alteração do escudo.
Desde o lançamento da terceira camisa, sem a faixa branca em volta do símbolo do clube, muitos torcedores começaram a pedir esta alteração. Por isso, o grupo de trabalho estuda esta situação. O modelo foi usado no jogo contra o Bahia, neste domingo (26).
Para entender melhor como esta questão está sendo desenvolvida, a reportagem de GZH conversou com Jorge Avancini, vice de marketing do Inter.
— Estamos sensíveis a essa questão de reavaliar o escudo do Internacional, (assunto) que tem sido manifestado pela torcida. Rever essa nova configuração, que na realidade é uma volta ao passado. No momento oportuno, devemos colocar isso no ar. Vamos envolver o torcedor, o sócio. Assim como tem muita gente pedindo para que se mude, eu recebo muita manifestação de torcedores pedindo para manter como está. Você deve estar atento a essas manifestações, fazer o estudo de maneira correta, aprovar dentro dos níveis internos que o estatuto exige — explicou o dirigente colorado.
O plano inclui conversas com a Juventus, que fez uma mudança drástica na sua identidade visual recentemente.
— O estudo, por ora, está na parte interna. Temos visto algumas aplicações fora daqui. Já conversamos com o conselho de gestão da necessidade de fazer esse estudo. Conversamos com a Adidas, que também é patrocinadora da Juventus, que fez uma mudança muito grande no seu escudo. Devemos conversar com a Juventus para entender as etapas que passaram, as dificuldades que tiveram. Já conversei com o Nelson Fanaya, que era o gerente de marketing do Athletico-PR, foi um dos responsáveis pela nova identificação visual. A ideia seria buscar uma empresa especializada na área de estudo de marca, de avaliação de marca, e essa empresa, dentro daquilo que o Inter entende que são propriedades que não podem ser alteradas, dentro de sua história, das suas raízes, tentar avaliar. Não só um ajuste da marca atual, mas uma marca nova. Isso, devemos ter para 2022. Quando mexe na marca, é como mexer no nome. Não pode ser da noite para o dia, com cautela, segurança e convicção — complementou Avancini.