Após o empate com o Sport, em 2 a 2, na estreia do Brasileirão, o Inter entrou em campo na segunda rodada com o objetivo de conquistar a primeira vitória na competição nacional. No entanto, o Colorado foi surpreendido e goleado pelo Fortaleza, por 5 a 1. O resultado aumentou a desconfiança em relação ao trabalho do técnico Miguel Ángel Ramírez. Abaixo, GZH lista cinco motivos que explicam a derrota do clube gaúcho diante dos cearenses:
Pressão alta do adversário
É notório que a saída de bola colorada apresenta dificuldades desde o início da temporada. A lentidão na transição para o ataque é frequente na maioria dos jogos do Inter em 2021. Se aproveitando da situação, o técnico do Fortaleza, Juan Carlos Vojvoda, apostou em uma marcação alta, que limitou muito as ações do Colorado, que não foi capaz de encontrar alternativas para se livrar da pressão exercida pelo adversário.
Falhas individuais
Quando o coletivo não funciona, é óbvio que os erros individuais se tornam mais comuns. Além do gol contra marcado por Zé Gabriel, que empurrou a bola para a própria meta, o zagueiro Cuesta também não foi bem na partida. No mesmo lance, o argentino saiu para cobrar uma falta perto da linha do meio-campo, deixando um buraco na defesa. Na tentativa de recuperação, foi facilmente driblado por Robson.
Pouca verticalidade
Para conseguir vencer a marcação alta do Fortaleza, o Inter poderia ter se utilizado melhor das bolas longas. No entanto, faltou verticalidade aos atletas. Nonato e Praxedes, que começaram como titulares no meio-campo, nos lugares de Edenilson e Taison, e Rodrigo Lindoso, não tiveram êxito na tentativa de acionar o setor ofensivo. Desta forma, Caio Vidal, Patrick e, principalmente, Yuri Alberto, ficaram desabastecidos.
Insistência na utilização de pontas
No 4-3-3 idealizado por Ramírez, são os pontas os responsáveis por darem amplitude ao modelo de jogo. No entanto, atuar próximo da linha lateral, apostando no um a um contra a defesa rival, não tem dado resultado no Inter. O sistema com dois atacantes centralizados, com um meia mais recuado, apresentou melhor desempenho nos minutos em que foi testado, tanto no Gre-Nal que decidiu o Gauchão, na Arena, antes da expulsão de Yuri Alberto, quanto no início de confronto diante do Always Ready, pela Libertadores, no Beira-Rio.
Modificações na equipe
Desde que assumiu o Inter, em março, Ramírez esteve à frente do Colorado em 20 partidas. Em nenhuma oportunidade, houve repetição de escalação entre um jogo e outro. Para o duelo contra o Fortaleza, foram sete mudanças em relação ao time que havia vencido o Vitória na Copa do Brasil. Até mesmo o goleiro Daniel e o volante Johnny, de boas atuações diante dos baianos, e que não sofrem com o acúmulo de compromissos, acabaram sendo preteridos.