Em busca de recuperação no Brasileirão, o Inter volta a campo nesta quinta-feira (24), às 19h, contra a Chapecoense, na Arena Condá. O confronto válido pela sexta rodada da competição nacional coloca frente a frente dois times que não vivem um bom momento na temporada. Enquanto o Colorado contará com a estreia do técnico Diego Aguirre, o clube catarinense tentará a primeira vitória no campeonato.
Depois do título e do acesso na Série B em 2020, a Chapecoense esperava por um 2021 mais tranquilo. Tudo mudou com a saída de Umberto Louzer, que aceitou um convite do Sport e deixou o comando da equipe. Mozart foi escolhido para o cargo, mas não suportou a perda do Campeonato Catarinense para o Avaí e foi demitido com apenas oito partidas realizadas.
Visando a permanência na Série A, Jair Ventura, que salvou o Sport do rebaixamento no ano passado, foi contratado. No entanto, o início de trabalho não é nada animador. Além da eliminação para o ABC na terceira fase da Copa do Brasil, os catarinenses somaram apenas três pontos — foram três empates e duas derrotas — nas cinco primeiras rodadas do Brasileirão.
— O time vem em um momento bem ruim, inclusive com a troca de técnico após a perda no Estadual. O Mozart foi demitido, e o Jair chegou precisando resgatar algumas coisas. A Chapecoense até teve uma ligeira recuperação no jogo de ida da Copa do Brasil, mas acabou eliminada e perdeu as duas primeiras no Brasileirão — conta Eduardo Florão, setorista da Chapecoense no ge.globo.
Na última rodada, o empate em 1 a 1 com o Atlético-MG trouxe uma esperança de evolução no desempenho da equipe. No setor defensivo, com o lateral-esquerdo Busanello fora por conta de lesão muscular, o zagueiro Derlan tem sido improvisado na posição, o que ajudou a melhorar a marcação. Contra os gaúchos, o retrospecto recente na Arena Condá também traz confiança. Desde 2014, foram cinco confrontos em Chapecó, com cinco vitórias da Chapecoense.
— O trabalho está começando a aparecer um pouco mais. Embora não tenha tido muito tempo de treino, o time parece estar mais organizado defensivamente, o que era um problema da Chapecoense. A questão ofensiva também começa a aparecer um pouco mais. É um jogo de transição, apostando mais nos contra-ataques. A torcida está confiante, mas sabe que não será fácil, até pela troca de comando no Inter, o que sempre dá um novo ânimo aos jogadores — ressaltou Eduardo Florão.
Para chegar ao ataque, a aposta é na velocidade de Fernandinho. O atacante de 23 anos, revelado pelo Sampaio Corrêa e com passagem pelo Inter entre os anos de 2017 e 2018, tem a missão de municiar o centroavante Anselmo Ramon. Perotti, artilheiro da Chapecoense no ano, com 15 gols em 23 jogos, acabou ficando afastado por conta da covid-19 e ainda recupera espaço.
Os volantes Léo Gomes, com lesão na coxa esquerda, e Moisés Ribeiro, irmão do zagueiro colorado Lucas Ribeiro, também com problema muscular, além do goleiro Tiepo, que rompeu o tendão patelar do joelho esquerdo, são os principais desfalques. Mike, que iniciou a carreira no Colorado, foi liberado pelo departamento médico e pode ficar à disposição de Jair Ventura.
Assim, o provável time Chapecoense tem: João Paulo, Matheus Ribeiro, Felipe Santana, Ignácio e Derlan; Anderson Leite e Guedes; Ravanelli, Lima e Fernandinho; Anselmo Ramon.