O Inter terá dias decisivos pela frente. Na quinta-feira (20), o Colorado enfrenta o Olimpia, no Paraguai, pela Libertadores, precisando pontuar. No domingo (23), será a vez do duelo de volta contra o Grêmio na decisão do Gauchão, onde precisa reverter o resultado negativo do confronto de ida. O ex-jogador Daniel Carvalho participou do programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, nesta terça-feira (18), e falou sobre o momento do clube que o revelou no início dos anos 2000.
— O Inter está em uma situação delicada. Se eu soubesse a resposta para todas as dúvidas, com certeza tentaria ajudar. Tem muito caminho pela frente. Olhando de fora como torcedor, vejo que o Inter vem perdendo para ele mesmo. Faz grandes jogos em casa e fora de casa não consegue engrenar — pontuou.
Daniel Carvalho também comentou o retrospecto recente do Inter em Gre-Nais. Nos últimos sete clássicos, contando apenas o período depois da retomada do futebol, o Inter perdeu cinco e ganhou apenas um. Em 2003, foi dele o gol que encerrou um jejum de 13 partidas sem vitórias do Colorado diante do maior rival.
— Será que tem fator psicológico? A maioria dos jogadores mal sabe a história do Gre-Nal. Falo isso dos jogadores do Inter. Perder um Gre-Nal é mais um jogo só, de repente. Naquela virada (em 2003), tínhamos vários jogadores da base. Nós éramos jovens da base. Aquilo era uma oportunidade de mudarmos a nossa vida. Aquele Gre-Nal mudou a minha vida. Será que existe problema psicológico? Não sei. Na minha época, nós entrávamos no Gre-Nal sabendo que era o jogo da nossa vida. Hoje em dia, não vejo isso — ressaltou.
Questionado a respeito de Rodrigo Dourado, o ex-atleta disse enxergar o volante incomodado com a situação enfrentada no Inter. Além disso, citou a chegada de Taison como fator que pode ajudar na retomada dos bons resultados.
— O Dourado é aqui de Pelotas. Sabe qual é a impressão que eu tenho do Dourado? Ele transmite a ideia de estar cansado. Ele está apanhando e não sabe para onde correr. Precisa de alguém que chegue para ele e diga que vai fazer o máximo por ele. Acredito que com a chegada do Taison isso aconteça. Eu vejo que ele precisaria de alguém do lado dele. Tenho a impressão que ele olha para o lado e não pode contar com ninguém — resumiu.