Ainda bem que as goleadas viraram rotina no Beira-Rio, pois o Inter teve pouco tempo para brindar a vitória de 4 a 1 sobre o Juventude, no último sábado (8). Menos de 24 horas depois de selar a classificação à final do Gauchão, os jogadores colorados embarcaram para San Cristóbal, onde nesta terça-feira (11) voltarão a campo para encarar o Deportivo Táchira, pela Libertadores. No entanto, a bagagem levada no avião foi bem mais leve.
— Como treinador, vai me exigir muito estudo e análise. Também vai levar os jogadores ao limite do estresse. Mas isso é uma final e, quanto mais finais jogamos, seremos melhores profissionais. Não é todo dia que se joga uma final, são poucas vezes na carreira. Então, me deixa muito feliz chegar a uma final com o Inter em um tempo curto de trabalho — avaliou o técnico Miguel Ángel Ramírez.
Apesar do placar dilatado construído no fim de semana, o time da Serra não foi presa fácil. Antes das redes serem balançadas por Yuri Alberto e Mauricio, no fim do primeiro tempo, foram mais de 40 minutos com a bola rodando de um lado para o outro, sem conseguir furar a retranca dos visitantes.
— Sabíamos que seria um jogo difícil. O time deles já tinha nos complicado no jogo de ida, eles marcam muito bem. Sabíamos que teríamos de ter paciência para marcar o primeiro gol e, consequentemente, os outros. Graças a Deus, conseguimos — comentou o volante Edenilson.
Autor do terceiro gol colorado, convertendo mais um pênalti com muita frieza, o camisa 8 deu um susto na comissão técnica nos minutos finais do confronto, tendo de ser substituído por Rodrigo Lindoso. Entretanto, o próprio atleta tratou de tranquilizar comissão técnica e torcida.
— Acho que não foi nada. Virei o tornozelo um pouco. Por precaução, o professor quis me tirar. Mas ficamos felizes com a classificação. Agora, viramos a chave para a Libertadores e vamos continuar trabalhando — declarou, na saída de campo.
O mesmo não se pode dizer sobre Carlos Palacios. Após sofrer uma pancada na perna esquerda, em dividida com o lateral Alyson, o chileno deixou o campo aos prantos, antes mesmo do intervalo. Porém, conforme informou o clube, não foi constada nenhuma lesão e e ele acompanhou a delegação. O mesmo não se pode dizer sobre Patrick, Heitor e Paolo Guerrero, barrados pelo departamento médico. Menos mal que, ao contrário da competição estadual, Taison está inscrito no torneio continental e volta a ficar à disposição para o duelo em solo venezuelano.
Mudanças no ataque
O camisa 10 pode não ser a única novidade para o compromisso de terça. A entrada de Yuri Alberto, que abriu o marcador no último sábado logo depois de ingressar no gramado, rendeu elogios do treinador. A dúvida é saber se ele poderá se firmar como titular ao lado de Thiago Galhardo.
— Já fizemos isso em algumas partidas. O Yuri (Alberto) nos dá a polivalência de começar pelo lado e terminar por dentro. Isso para nós é importante. Não sei dizer com que sistema, mas vai depender dos espaços, e o Yuri aproveita muito bem estes espaços e se complementa muito bem com o Thiago (Galhardo). Então, vamos ter partidas, como hoje (sábado), que eles poderão ter bastante minutos juntos — explicou o técnico espanhol.
Independentemente da escolha, Ramírez já criou estofo o bastante para justificar qualquer escalação. Com goleadas em sequência e classificação à final do Gauchão, o espanhol vai ganhando a confiança da torcida colorada.