O Inter confirmou, na última quarta-feira (17), a colocação de Giovane Zanardo na função de CEO do clube. O profissional, que já atuava em outras funções dentro da própria instituição, já segue seu trabalho no novo cargo. Ele terá algumas missões consideradas importantes dentro do processo de reformulação estipulado pelo presidente Alessandro Barcellos.
— Ele é o executivo com mais experiência de Inter e, além de ser uma pessoa da mais alta confiança, tem uma performance executiva invejável — disse o mandatário, no comunicado do anúncio.
Zanardo, que acumula experiência no mercado empresarial, terá algumas missões internas que GZH listou.
Execução do orçamento
Questão primordial para todos os dirigentes, cabe aos membros do Conselho de Gestão, que é composto por Alessandro Barcellos e seus vices-eleitos e pelo próprio CEO, cumprir o planejamento financeiro. Desta forma, as verbas de contratações e despesas passam diretamente pela assinatura dele.
Comandar executivos
Com a bagagem de ter exercido a função de executivo desde 2017, Zanardo deverá repassar as diretrizes de atuação aos profissionais. De acordo com o organograma colorado, ele estará posicionado acima dos próprios vices de cada pasta, executando a promessa de campanha de Barcellos de profissionalizar o clube.
— Terá autonomia para atuar em todo o clube, sempre com o respaldo do Conselho de Gestão. Importante: no novo organograma do clube, acima do CEO só existe o conselho de gestão. Ele está acima dos vice-presidentes políticos, por exemplo —explicou Dannie Dubin, um dos vices eleitos.
Ineditismo na função
O Inter encara que propriamente a função de CEO será executada pela primeira vez na história do Beira-Rio. Na última década, quando Aod Cunha foi encarregado de trabalhar no Colorado, ele não chegou a ter as atribuições que o cargo exigia.
— Pela primeira vez o clube trabalhará com um CEO. Tentamos com o Aod em 2011, mas não lhe foi dada autonomia. O clube não estava pronto para isso — disse Dubin.
Ajustar gastos no departamento de futebol
Os dirigentes entendem que Zanardo terá participação no departamento de futebol. Para eles, a área mais importante da instituição não terá resistência para absorver mais um profissional. O entendimento é que ele poderá colaborar com os investimentos:
— A grande novidade é que ele entrará de cabeça (já entrou) no futebol, que representa 80% dos nossos custos gerais do clube. Estamos quebrando o paradigma de que o "futebol é um assunto á parte". Não. Se 80% do custo está lá, é lá que o CEO deve atacar, revisando despesas e processos. Este é o maior desafio do Zanardo — revelou.