O Inter implementou, nesta quinta-feira (25), Dia Nacional do Orgulho LGBTQIA+, duas ações para reforçar o repúdio a qualquer tipo de preconceito: a cláusula contra o preconceito que será inserida no contrato de trabalho de todos os funcionários e a criação do Comitê Interno de Diversidade e Inclusão, que será comandado por Janice Cardoso, conselheira e diretora feminina e de inclusão.
Conforme o clube, o comitê terá como papel elaborar, executar e monitorar o andamento das ações que digam respeito ao preconceito de qualquer espécie. De acordo com Cauê Vieira, vice-presidente de relacionamento social, a iniciativa reforça a necessidade do assunto ser tratado com seriedade e comprometimento.
— Ao criar esse comitê, o Clube demonstra que a diversidade passa a fazer parte da agenda da corporação de uma forma mais efetiva, uma vez que existem agentes dedicados ao assunto. Trabalharemos a diversidade e a inclusão no âmbito interno da instituição para garantir a força necessária ao propormos ações externas, com público e sociedade em geral. Dessa forma, pretendemos que o nosso Clube seja protagonista e referência entre clubes de futebol do país — disse.
Entre as primeiras ações propostas pelo comitê estão a realização de uma palestra com Marcelo Carvalho, diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, pesquisa interna sobre o tema, mapeamento de estatísticas, elaboração de plano de ação, além de reuniões mensais para debate dos temas.
A inclusão de uma cláusula em todos os novos contratos de trabalho e de funcionários que tenham seu vínculo renovado com o Clube também entra em vigor nesta quinta, em mais uma forma do clube mostrar que não tolera qualquer espécie de preconceito.
— Através da colocação como cláusula de trabalho, todas e todos sob contrato com o Inter reconhecem que há a necessidade de mudança cultural no mundo do futebol, que o reflexo do preconceito da sociedade também se revela no mundo da bola e que isto precisa mudar. Mais do que não ser preconceituoso, o Inter busca conscientizar o seu público interno, sua torcida e a comunidade que é preciso dar um basta aos preconceitos de qualquer natureza. Firmar posição é obrigação de um Clube que tem penetração em milhões e milhões de pessoas —complementa o vice-presidente do clube.