A apresentação do argentino Gustavo Grossi foi mais uma evidência dos novos tempos que o Inter está começando a viver. Ao trocar o saldo muito positivo de seu trabalho no River Plate pelo novo projeto colorado, o novo gerente executivo da base falou abertamente sobre esta transição que, as vezes, parece misteriosa para o torcedor.
O futebol do Inter sempre teve a base como uma de suas grandes características, principalmente nos grandes títulos. Pode procurar. Sempre tivemos jogadores formados no clube fazendo parte dos times que fizeram história. Com o tempo, ficamos conhecidos até como o “Celeiro de Ases”, tamanha a quantidade de grandes jogadores que saíram do Beira-Rio para ganhar destaque nos gramados do mundo inteiro.
Títulos nas categorias inferiores, temos centenas. São importantes, claro. Mas não devem ser o objetivo principal. Grossi sabe disso e foi enfático ao afirmar que prefere entregar jogadores prontos para o time principal em vez de taças da base para o museu do clube.
O foco principal é a padronização do estilo de jogo desde a base até o profissional. Consolidando, cada vez mais, a identidade do futebol colorado. Os maiores e mais vitoriosos clubes do mundo fazem assim. E é assim que vai ser daqui pra frente no Inter. Vai ficando cada vez mais difícil não se empolgar.