A primeira partida do Inter em 2021, nesta quinta-feira (7), foi também a estreia da nova gestão, eleita no último dia 15. A vitória por 2 a 0 sobre o Ceará em Fortaleza recolocou o time na vice-liderança do Brasileirão, diminuindo para seis pontos a vantagem do São Paulo. Os gols foram de Caio Vidal e Yuri Alberto, ambos de 19 anos, que fizeram valer o discurso do diretor executivo estreante, Paulo Bracks, em prol da utilização de garotos na equipe principal.
— Não só eles (Caio e Yuri), como todos os jovens no elenco serão trabalhados com muita paciência e convicção, porque são o futuro do Inter — declarou Bracks, em entrevista coletiva.
Além dos garotos, Bracks também elogiou todo o elenco. Segundo ele, o ambiente do vestiário é de união e foco nos objetivos da temporada. O dirigente ainda diz Trabalhar com vitória é mais tranquilo, e repercussões externas não devem ter efeito na rotina dos jogadores.
— Nosso trabalho parte da manutenção deste equilíbrio e estabilidade. Essa euforia ou eventuais críticas, que são naturais, nós vamos tentar blindar para que os objetivos próximos e factíveis sejam alcançados. Encontrei um grupo coeso e vamos manter isso — explicou.
Faltando 10 rodadas com 30 pontos a serem disputados por São Paulo e por Inter, o diretor ainda acredita na diminuição dos seis pontos de diferença e numa chegada do Colorado ao título. O confronto direto, agendado para o próximo dia 20, faz a confiança aumentar.
— Enquanto tiver matemática nós vamos mirar lá em cima para buscar os objetivos — calcula, cauteloso: — Muito pé no chão, muito foco, sem oba oba nem euforia, para continuarmos nosso trabalho.
Perguntado sobre a transição entre direções, Bracks reforçou a missão de manter a tranquilidade das relações dentro do departamento de futebol. No terceiro dia como funcionário do Colorado, o mineiro projetou sua atuação na gestão Barcellos:
— Nosso papel é dar suporte, manter o equilíbrio e a estabilidade. A entrevista do Abel, nosso comandante, foi muito clara, lúcida e brilhante quando disse que a política não entra em campo. E aqui no Inter a política não vai entrar em campo.
