Apesar do desejo público de retornar ao Beira-Rio, o atacante Taison, 32 anos, terá que reduzir de forma muito significativa as suas pretensões salariais para vestir novamente a camisa do Inter. A nova direção colorada mantém contatos com o procurador do jogador, mas já definiu que não fará "loucuras" para repatriar o atleta.
— Se ele tiver consciência de que vai jogar no futebol brasileiro ganhando não menos, mas muito menos do que ganha hoje, temos todo o desejo de recebê-lo de braços abertos. Se o jogador quiser muito, tenho certeza de que vamos chegar a um denominar comum — declarou o vice-presidente do novo Conselho de Gestão, Dannie Dubin, em entrevista ao Sábado Esporte, da Rádio Gaúcha.
Conforme apurado por GZH, Taison ganha hoje no Shakhtar Donestk, da Ucrânia, cerca de 250 mil euros (R$ 1,6 milhão) mensais, um valor considerado impraticável para os combalidos cofres colorados. O lado positivo é que, como o atleta ficará livre em 30 de junho, não será necessário pagar aos ucranianos pela compra dos direitos federativos. Mas, ainda assim, não será um reforço barato.
— Nós não vamos fazer nenhum tipo de extravagância para contar com ele (Taison) ou com qualquer outro atleta. Vamos manter os pés no chão. Isso vai depender muito mais da real vontade do jogador em voltar pra o clube que o projetou, do que da nossa vontade de tê-lo conosco. Gostaríamos muito, como qualquer colorado, mas desde que isso não represente nenhum tipo de loucura — completa Dubin.
A nova direção do Inter irá realizar nos próximos dias uma análise detalhada das finanças do clube antes de formalizar uma proposta. Como faltam menos de seis meses para o fim do contrato de Taison com o Shakhtar, já é legalmente possível que o clube firme um pré-contrato com o atleta, com validade a partir de 1 de julho.
— Isso é uma coisa que o presidente (Alessandro Barcellos) e o João Patrício (Hermann, vice de futebol) vão tratar nos próximos dias, mas sem perder a noção da realidade que estamos enfrentando — finaliza o dirigente.