Em entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira (23), o diretor-executivo Rodrigo Caetano anunciou que não permanecerá no Inter em 2021. Apesar de não ter comunicado sobre seu futuro, ele vem sendo cotado para assumir um cargo no São Paulo.
—Vou cumprir meu contrato aqui até 31 de dezembro. Vou junto com a delegação para o jogo contra o Bahia, em Salvador. Após meu desligamento é que vou pensar em um novo projeto e desafio. O que me levou hoje (quarta-feira) a fazer esse comunicado é que já tive uma conversa com o futuro presidente e o entendimento comum era de não prosseguir. Ele vai ter a oportunidade de esclarecer, mas isso aconteceu ontem (terça) e, sendo bem transparente, não tenho nada acertado com ninguém. Obviamente que agora, com a certeza da minha saída, possa ter algum tipo de convite — disse ele.
Esta é a primeira mudança oficializada no departamento de futebol colorado desde o resultado das eleições presidenciais que elegeram Alessandro Barcellos. Para ocupar a vaga, a nova gestão colorada trabalha com o nome de Paulo Bracks, atualmente no América-MG.
Caetano foi contratado pelo clube em maio de 2018 para substituir Jorge Macedo. Dentre todas as contratações efetuadas no período em que esteve no cargo, a de maior repercussão foi a do centroavante Paolo Guerrero, que havia trabalhado com ele no Flamengo anteriormente. O profissional deixa o Beira-Rio sem ter conquistado títulos.
Em 2020, entrou em atrito público com o técnico Eduardo Coudet depois de o argentino reclamar publicamente da falta de reforços e qualificar o elenco do Inter como "curto". Segundo o dirigente, porém, o desentendimento não teria determinante para o pedido de demissão do treinador, que se transferiu para o Celta de Vigo, na Espanha.
— A saída do Coudet não dependeu de qualquer pessoa daqui. Quando fomos contratá-lo na Argentina, apresentamos um projeto de dois anos. Mas tudo que planejamos em relação a investimentos foi impedido por uma pandemia que não assolou só o Inter, mas todos os clubes. Todas as vezes que me manifestei foi defendendo os interesses do clube e seguindo as diretrizes da direção. Minha relação com o Coudet sempre foi excelente e a gente segue conversando por mensagens. Teve um desejo pessoal dele. E admiração que tenho pelo “Chacho” é a mesma que ele tem com todos aqui. Não tenho mágoa. Acho ele um dos grandes treinadores do futebol mundial e sigo na torcida para que ele comprove no Celta a qualificação que ele comprovou aqui — comentou.