Após a derrota do Inter para o Fluminense, neste domingo (22), no Beira-Rio, pelo placar de 2 a 1, o diretor executivo do Colorado, Rodrigo Caetano, se manifestou sobre o momento vivido pelo clube gaúcho na temporada e admitiu a queda de produção da equipe, além dos maus resultados. O dirigente também relembrou o impacto da saída do técnico Eduardo Coudet, que se transferiu para o Celta de Vigo, da Espanha.
— Estamos tentando reunir forças. Óbvio que sempre tem o impacto. O que se vê no mundo do futebol é o clube trocar o treinador, mas como eu disse foi uma decisão pessoal que nós temos que respeitar. Não podemos ficar lamentando, temos que encontrar as soluções dentro de casa. Além dos resultados, tivemos queda de produção. Não adianta colocar a culpa na saída do treinador nem na nossa incapacidade de investimento. É uma somatória — ressaltou.
Caetano voltou a ser perguntado sobre a qualidade do grupo colorado e se entende que as características dos atletas estão de acordo com o modelo proposto por Abel Braga.
— Em relação ao modelo de jogo, você tem como escolher na montagem de elenco e isso foi feito lá atrás, baseado em um técnico que tinha contrato de dois anos conosco, que optou por sair por uma opção pessoal. Fizemos contratações voltadas para um modelo de jogo. Isso atrapalha e muito agora. As competições continuam e nem sempre a gente tem as opções desejadas pelo Abel — afirmou.
O executivo destacou que o atual elenco foi responsável por colocar o Inter na liderança do Brasileirão. Para o dirigente, com algumas mudanças, o desempenho pode ser retomado, a começar pelo confronto contra o Boca Juniors, pela Libertadores.
— O Abel nem teve tempo de treinar. É difícil avaliar até onde podemos chegar. O que eu posso me agarrar é que esse mesmo elenco nos trouxe até a liderança do Brasileirão. Com correções a até mesmo mudanças, nós vamos buscar as vitórias. Na quarta-feira já temos um grande desafio. Vamos tentar fazer o melhor enfrentamento para honrar a camisa colorada. Somos nós que temos que dar a resposta. Não adianta ficar falando apenas — pontuou.
Depois do revés diante do América-MG, que culminou na eliminação na Copa do Brasil, Abel abriu a coletiva com a seguinte frase: "Não tem tática, nem estratégia. Coloquei uma equipe mais experiente por conta do grau de dificuldade do jogo". Segundo o dirigente, o comentário do treinador não passou de força de expressão.
— Em relação às declarações eu vejo como força de expressão. Ele quis dizer que a necessidade de reverter o resultado, por vezes, supera a parte técnica e tática. O Abel é um profundo conhecedor da parte tática. Quem trabalhou com ele sabe. Agora ter o tempo necessário para trabalhar vai uma distância. Temos que reunir forças na questão mental, técnica, tática e anímica. Pode ter certeza que não falta trabalho e comprometimento dos jogadores — finalizou.