Apontado como principal referência técnica do Inter em 2020, principalmente após a lesão de Paolo Guerrero em agosto, Thiago Galhardo é titular incontestável de Eduardo Coudet. Porém, o seu parceiro no ataque ainda não está garantido. Opções já foram testadas pela comissão técnica, que ainda não bateu o martelo sobre a melhor figura para atuar ao lado do artilheiro do Brasileirão, com 12 gols assinalados.
Atualmente, são cinco alternativas para o treinador compor o setor ofensivo ao lado do camisa 17: Pottker, utilizado contra o Bragantino; Abel Hernández, contratado para executar a função na ausência do peruano; Leandro Fernández, que ainda não despontou com a camisa colorada; e os jovens João Peglow e Yuri Alberto, que não receberam um número significativo de chances por problemas médicos.
Apesar de ter sido meia, mas com características ofensivas, Jajá é um dos maiores artilheiros da história do Inter. Marcou 108 gols e ocupa o posto de oitavo maior goleador na história do clube. Para ele, o conceito de posicionamento de Galhardo está correto. Falta apenas a fixação de uma referência.
— É difícil colocar um jogador. O que eu tenho visto não está legal. O Galhardo tem de jogar como está jogando: armar e penetrando na área. Está dando certo, independentemente de quem caia ali. Então, outro jogador tem de fazer a referência. Abel ou Yuri Alberto, qualquer um — disse Jajá.
Outro que também entende que Yuri Alberto pode corresponder é Guerrinha. O colunista de GZH aguarda a utilização do atacante nas próximas rodadas, mas atualmente defende outro garoto: João Peglow.
— Apesar de o Coudet ter preferência por um jogador de área, acho que o lugar do Galhardo é na vaga do Guerrero. Como o Galhardo é um jogador que precisa ter um companheiro, seria alguém de drible, móvel, para atrair as atenções dos zagueiros e facilitar a vida do próprio Galhardo. Por isso, penso que a melhor solução no momento seria o Peglow — avalia Guerrinha.
O colunista de GZH Diogo Olivier também compreende que o momento seria do jovem. Para ele, o garoto de 18 anos já demonstrou personalidade pela seleção brasileira de base.
— Os limites dos outros candidatos são conhecidos. O único com chance de ser diferenciado é Peglow, um campeão mundial. O Inter precisa de drible e jogada pessoal. Peglow pode oferecer isso. Além do mais, a personalidade dele espanta. Entra nos jogos e nunca se esconde, não tem medo de errar. Outro ponto a favor: com os azares do ano (lesões na coluna e muscular, além de covid-19), sempre voltou o mais rapidamente possível, o que indica foco, esforço e cabeça no lugar mesmo muito jovem — opina Olivier.
Para o comunicador do Grupo RBS Luciano Potter, o fator diferencial ainda pode ser apresentado por Peglow. Para ele, os outros atacantes já provaram que não podem acrescentar ao time.
— Pottker é atrapalhado pela longa fila de lesões e por ele mesmo. Uma pena. Abel tem uma carreira mediana e tira Galhardo da área. Então, fico com Peglow. Porque é bom, é base e, desses três, é o único que eu ainda não sei se vai ou não vingar. Os outros, eu já sei a resposta para isso — avalia.