A temporada do futebol em 2020 foi prejudicada pela pandemia do coronavírus. Disso, todo mundo sabe. Mas, ainda antes da paralisação das competições esportivas por conta da covid-19, o calendário já trazia dificuldades para as equipes. Antes do jogo deste sábado (29), contra o Botafogo, pela sexta rodada do Brasileirão, o Inter tem pela segunda vez no ano sete dias entre um jogo e outro para que o técnico Eduardo Coudet possa treinar a equipe.
Ele foi apresentado pelo clube em dezembro do ano passado, mas iniciou seu trabalho efetivamente com o grupo no dia 8 de janeiro, quando os jogadores se reapresentaram após as férias de verão. Com uma pré-temporada de 15 dias, o treinador argentino precisou montar o time a toque de caixa para a estreia no Gauchão, em 23 de janeiro, e especialmente para as fases preliminares da Libertadores, que se iniciaram para a equipe colorada em 4 de fevereiro.
Assim, salvo o período de paralisação por conta da pandemia, o Inter teve apenas uma semana cheia para treinar. E foi, justamente, entre um jogo e outro da segundo etapa eliminatória do Inter na Libertadores, contra o Deportes Tolima, da Colômbia.
A partida de ida, no Estádio Manuel Murillo Toro, em Ibagué, foi realizada em 19 de fevereiro e terminou empatada em 0 a 0. A volta ocorreu sete dias depois, em 26 de fevereiro, no Beira-Rio. A semana cheia para treinar deu resultado e o Inter venceu por 1 a 0.
Depois disso, o período máximo entre um jogo e outro foi de cinco dias. Isso aconteceu quando o Inter enfrentou a Universidad Católica, do Chile, já pela fase de grupos da Libertadores, em uma terça-feira (3 de março) e depois encarou o Brasil-Pel, pelo Gauchão, no domingo (8 de março).
Assim, a expectativa é de que Coudet tenha conseguido usar a semana cheia para fazer algo que pouco conseguiu desde que chegou a Porto Alegre: fazer treinos táticos e técnicos com o elenco, algo que fica difícil quando se tem jogos no meio e no fim da semana em razão do desgaste físico dos atletas.