Depois de eleger o melhor time, o maior goleador e o maior técnico do Inter de todos os tempos, o projeto SuperDupla chega à quarta fase: escolher qual o jogador estrangeiro mais importante da história do clube. Nos mesmos moldes, oito atletas de fora do Brasil que marcaram em suas épocas foram colocados frente a frente em um cruzamento, como se disputassem um torneio. Comentaristas consultados por GaúchaZH irão votar nos vencedores, até apontar um grande nome.
Nas quartas de final, D'Alessandro, multicampeão com o Inter, enfrenta o peruano Paolo Guerrero, que está desde 2018 no clube. Também terá um duelo entre o zagueiro chileno Figueroa, bicampeão brasileiro com o Inter em 1975 e 1976, e o goleiro paraguaio Benitez, campeão brasileiro invicto em 1979.
Na outra chave, Gamarra, zagueiro paraguaio, enfrenta Villalba, segundo maior artilheiro colorado em Gre-Nais, e o uruguaio Ruben Paz enfrenta argentino Guiñazu, também multicampeão com a camisa colorada.
Quem passa para as semifinais? Foram ouvidos os comentaristas do Grupo RBS Filipe Gamba e Diogo Olivier e a comentarista dos canais Sportv Ana Thais Matos. Confira:
D'Alessandro 3x0 Guerrero
Filipe Gamba
Me antecipo e afirmo que D'Alessandro, na minha opinião, é o maior estrangeiro da história do Inter. À frente do lendário Figueroa, que rivaliza com o argentino o posto de maior estrangeiro da história do clube. Ser comparado com D'Ale é injusto pra qualquer jogador estrangeiro que tenha passado pelo Inter, inclusive, para Paolo Guerrero, que pode entrar para a história do clube, mas que ainda está anos luz da história construída por D'Alessandro.
Diogo Olivier
Não tem discussão. O D'Alessandro está entre os 10 mais importantes do Inter, dá pra discutir entre os cinco, eu tenho restrições, porque tem outros jogadores na frente dele em títulos, tempo de permanência e identificação com a torcida.
Ana Thais Matos
D'Alessandro. O 10. O último romântico — pelos títulos, pela identificação com o torcedor, número de jogos. Além de ser um dos principais meias atuando no Brasil, nunca fugiu da responsabilidade de ser ídolo.
Figueroa 3x0 Benitez
Filipe Gamba
Elias Ricardo Figueroa Brander é um dos maiores zagueiros de todos os tempos do futebol mundial e sem dúvida um dos maiores zagueiros da história do Inter, não o coloco como o maior porque, para mim, Índio é o maior zagueiro da história do clube. Bicampeão brasileiro com o Inter, era "o dono da grande área". José de La Cruz Benitez Santa Cruz o goleiro, que chega ao Inter para substituir Manga e se transforma no goleiro do tricampenato brasileiro invicto, o próprio Benitez, com uma história riquíssima pelo Inter reconheceria que ser comparado com Figueroa é muito injusto por tudo que fez no clube.
Diogo Olivier
Figueroa é famoso mundialmente, jogou na seleção chilena com 16 anos. Sabia trocar passes, cara inteligente, intelectual. Pelé elogiava o Figueroa. Ele sempre vai ganhar contra qualquer outro jogador estrangeiro.
Ana Thais Matos
Figueroa. Bicampeão brasileiro, levantou caneco em todo os campeonatos gaúchos que disputou com a camisa colorada e ainda marcava muitos gols.
Gamarra 0x3 Villalba
Filipe Gamba
Gamarra, o zagueiro que não fazia falta e que transpirava técnica e qualidade, sem dúvida está entre os maiores defensores da história do clube embora sem títulos expressivos. Apesar disso, Villalba é o segundo maior artilheiro colorado em Gre-Nais, o que conta a favor dele.
Diogo Olivier
Villalba. Tem que ter um estrangeiro do Rolo nessa disputa. Ele só fez menos gols em Gre-Nal do que o Carlitos. Está entre os 10 maiores artilheiros do Inter. É suficiente para ganhar do Gamarra.
Ana Thais Matos
Villalba. Embora pouco conhecido nacionalmente, foi artilheiro em Gre-Nais e um dos estrangeiros que mais vestiram a camisa do Inter. Atuou na década de 40 num time histórico.
Ruben Paz 1x2 Guiñazu
Filipe Gamba
Meia-esquerda clássico que brilhou no Inter na década de 80, um legítimo camisa 10, de técnica refinada e apurada, um meia cerebral elegante, de encher os olhos, assim era Ruben Paz, um dos maiores da história Colorada. Pablo Horacio Guiñazu, o Cholo, fez parte de um dos principais momentos da história colorada, por cinco temporadas, marcou época. Foi tetracampeão gaúcho, campeão da Sul-Americana, da Libertadores e da Recopa. Comparação difícil, mas vou levar em consideração como critério as conquistas expressivas, por isso, Cholo.
Diogo Olivier
Talvez pela identificação do Guiñazu fosse mais complexo, mas o Ruben Paz dava gosto de jogar. Veio em uma época que o Inter não era tão vencedor, mas ganhou estaduais. Conhecido no mundo inteiro, ídolo de muitos jogadores. Um jogador muito grande. Era um prazer ver ele jogar. Um camisa 10 excelente.
Ana Thais Matos
Quem não gosta de Guiñazu bom sujeito não é. Maior prova que a identificação de um jogador com o clube não se resume somente a títulos, mas por ser algumas vezes o espírito do torcedor em campo. Guiñazu deixava tudo em campo, e mesmo pecando em pontos como finalização, por exemplo, era um leão no meio campo.