O Inter monitora de perto a situação de Eduardo Sasha no Santos. O atacante entrou na Justiça para pedir a rescisão contratual com a equipe paulista. A ação, que corre em segredo na 6ª Vara do Trabalho de Santos, alega atrasos no depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e no direito de imagem. Se o atleta deixar a Vila Belmiro de graça, os colorados poderiam ter um prejuízo por conta do mecanismo de solidariedade da Fifa.
Por ter realizado toda a sua formação no Beira-Rio, em caso de uma transferência entre clubes, os colorados teriam direito a 5% do valor da transação. A pedido de Jorge Sampaoli, técnico com quem o atacante viveu boa fase no Santos em 2019, o Atlético-MG está de olho no jogador.
Eduardo Sasha tem contrato com o Santos até dezembro de 2022. Se ele conseguir ficar livre no mercado para assinar com a equipe mineira, o Inter não tem direito a nenhuma quantia, como previsto em lei. Por isso, se o atacante deixar a Vila Belmiro de graça, os cofres do Beira-Rio teriam um "prejuízo".
De acordo com o Transfermarkt, o passe de Sasha vale 4,5 milhões de euros (R$ 27,45 milhões de acordo com a cotação atual). Ou seja, se o Galo pagasse este valor ao Peixe, os colorados teriam direito a pouco mais de R$ 1 milhão.
Em nota, o gaúcho explicou o motivo do pedido de rescisão contratual com o seu atual clube. Confira:
"Eu sou pai de família, tenho minhas responsabilidades e obrigações e fomos comunicados que teríamos um desconto de 30% em nossos salários, por conta da pandemia, nós jogadores estávamos dispostos a aceitar, porque sabíamos da situação que o mundo estava vivendo, porém faltando 2 dias para o pagamento fomos comunicados que teria um corte de 70% nos salários, não houve nenhuma explicação.
Não há o recolhimento do FGTS faz algum tempo e já tínhamos três meses de imagem atrasados, antes mesmo da pandemia, ninguém da diretoria nos dá nenhuma satisfação. Tenho o maior respeito pelo Santos, aos torcedores, tenho um ótimo ambiente com meus companheiros e todos os funcionários do clube, mas não há como permanecer por total falta de respeito e comprometimento com os profissionais."