O técnico do Inter, Eduardo Coudet, analisou a derrota no Gre-Nal a partir de dois motivos principais: a falta de ritmo do time e a má qualidade do gramado. A grama do Centenário foi motivo de polêmica e chegou a motivar uma tentativa da direção para trocar a sede do clássico 425. Segundo o treinador, campo não permitiu que "a bola rolasse de forma natural, como estamos acostumados", na noite desta quarta-feira (22).
— Entendo que obviamente nos falta ritmo de jogo. Era a partida que esperávamos em um campo de jogo horrível. Não sairia boa partida. Não gosto de ver esse tipo de espetáculo. A sorte esteve do lado deles — resumiu, voltando a criticar o campo mais de uma vez ao longo da entrevista após a derrota por 1 a 0 para o Grêmio:
— Em caráter técnico, fomos mal, pelas circunstâncias. Se parar para pensar, Grêmio foi no pênalti e na bola parada que chegaram ao gol. As nossas chances também, foram só dois ou três chutes importantes. É o que se gera em uma partida em campo assim. Sempre volto ao campo, é o que me aparece na cabeça. Duas equipes que jogam bem e tentam jogar, é uma pena que saia um espetáculo assim.
A direção colorada tentou levar o jogo para Novo Hamburgo no último sábado, por conta das imagens e relatos de que o gramado do Centenário estaria queimado pela geada. Coudet também recorreu ao gramado para explicar a falta de participações de Paolo Guerrero no ataque. O peruano ainda não marcou em Gre-Nal.
— Para as características dele, principalmente jogando com os pés, o gramado dificulta. Onde não se pode jogar e a bola não pode correr de uma forma natural, como a que estamos acostumados, fica tudo mais difícil.
O técnico argentino ainda criticou a realização da partida em Caxias do Sul. Não citou o veto do prefeito de Porto Alegre, mas manifestou sua opinião sem poupar palavras:
— Vindo a Caxias falei que não era o melhor campo para jogar, mas era o campo em que se podia jogar. Realmente creio que não foi uma decisão acertada para o espetáculo. Podemos ganhar, empatar, perder. Mas também empatamos na Libertadores e se viu uma partida muito mais linda. Pedimos outro tipo de condição. Se perguntam meu pensamento, não vejo certo transportar duas delegações e trazer para hotéis diferentes, temos de voltar a Porto Alegre agora. O mais simples teria sido jogar no Beira-Rio, em um grande campo, onde se veria um outro tipo de espetáculo, onde estaríamos preparados para ver o protocolo seguido. Não sou eu que decido, apenas dou minha opinião.