Técnico do Inter em 10 das 14 partidas da Libertadores de 2010, o técnico Jorge Fossati, atualmente no River Plate do Uruguai, falou no programa Esporte e Cia, da Rádio Gaúcha. Contratado no início daquela temporada por Vitorio Piffero e Fernando Carvalho, o treinador afirmou que a obsessão do clube em 2010 era a conquista da competição sul-americana, e que por estar avançando na disputa estranhou quando foi demitido após passar pelo Estudiantes.
— Fomos superando obstáculos, dificuldades. Até que depois daquele jogo contra o Estudiantes, ganhamos a classificação, e, do nada, recebi a visita do Fernando Carvalho. Ele disse que os resultados não estavam acontecendo. Não tinha o que dizer. A gente classificou para a semifinal e me diz que os resultados não estavam dando certo? Ele não tinha argumento nenhum, nunca fiquei sabendo quais eram os problemas. Fiquei triste por não fechar a campanha com o Inter, mas só Deus sabe, talvez se eu tivesse ficado, o Inter não chegasse na final e não fosse campeão. Lógica não existiu na minha demissão — relatou Fossati.
Apesar disso, o ex-técnico do Inter garante que não guarda rancor dos dirigentes da época e afirma que sua conquista mais importante foi o respeito dos torcedores colorados em sua passagem em 2010.
— O mais importante é que o torcedor do Inter sempre foi grato comigo, me deu muito carinho, muito respeito. Fui com o Peñarol para a reinauguração do Beira-Rio em 2014 e senti mais do que nunca o respeito de todo mundo, inclusive da imprensa. Apesar de não ter recebido a medalha da Libertadores daquele ano, tenho a mais importante no meu coração, que é o que o torcedor me deu — concluiu.