As negociações envolvendo a empresa norte-americana Turner, grupo que controla o Esporte Interativo, e os os oito clubes brasileiros que têm contrato de parceria para transmissão de partidas do Brasileirão, entre eles o Inter, seguem sem solução.
Para evitar desgaste nas conversas, que devem levar a uma rescisão contratual proposta pelo grupo, o clube gaúcho decidiu contratar um escritório de advocacia, o Tozzini Freire. A informação foi divulgada pelo site UOL e confirmada por GaúchaZH.
Neste processo, os dirigentes colorados que iniciaram as conversas darão espaço para os juristas contratados para que se busque o acerto ou então se enfrente uma longa batalha judicial pela frente.
O imbróglio entre parceira e clubes teve início em abril, quando a empresa alegou que algumas cláusulas da relação foram infringidas e que, por isso, poderia cobrar uma pesada multa. A principal reclamação é de que Palmeiras, Santos, Inter, Athletico-PR e Fortaleza tiveram mais do que seis jogos transmitidos em TV aberta ou streaming para as praças em que foram realizados – Ceará e Bahia ficaram no limite de seis. Isso, segundo a Turner, tiraria visibilidade de seu produto, por serem transmissões gratuitas.
Além do Inter, que fechou acordo até dezembro de 2020, o grupo de mídia tem contratos com Palmeiras, Santos, Athletico-PR, Bahia, Fortaleza, Ceará e Coritiba. Porém, essas assinaturas são válidas até o final de 2024. Estas equipes também estão no mesma situação, mas são representadas pelo escritório da empresa LiveMode.
Em meio ao debate, a Turner garante que não deseja romper o acordo. Porém, o grande temor dos clubes segue sendo não receber valores que já deveriam ter sido pagos, assim como uma possível cláusula rescisória que poderia ser discutida com um eventual rompimento. Por ter contrato válido até o final deste ano, o Inter ainda tem a receber R$ 31,5 milhões, divididos em parcelas que deveriam começar a ser pagas em abril.