Alcançar o status de ídolo em um clube significa garantir o carinho eterno dos torcedores. Porém, é comum que os jogadores troquem de equipes no decorrer de suas carreiras e, alguns, acabem até mesmo defendendo o maior rival. No Inter, por exemplo, Christian, Giuliano e Edinho são exemplos que se encaixam neste perfil por terem atuado no Grêmio depois de passar pelo Beira-Rio.
Há, contudo, atletas que negaram propostas do Colorado em respeito à trajetória construída com a camisa tricolor. GaúchaZH preparou uma lista com três nomes que recusaram trocar de lado na rivalidade Gre-Nal:
Rafael Sobis
Bicampeão da Libertadores pelo Inter, o atacante teve três passagens pelo Beira-Rio ao longo da carreira. Mas também esteve muito próximo de ser vendido ao Grêmio.
Em 2012, quando estava cedido por empréstimo ao Fluminense, o atacante despertou o interesse dos dirigentes gremistas, que apresentaram uma proposta ao Al-Jazira, dos Emirados Árabes. Sabedor de seu destino, o jogador convenceu o dono dos seus direitos a mantê-lo no Rio de Janeiro.
— Não, jamais (jogaria no Grêmio). Respeito muito, mas não — admitiu em entrevista recente ao Bola nas Costas, da Rádio Atlântida.
Abel Braga
Antes de ser campeão do mundo pelo Inter, o treinador teve um convite para tentar livrar o Grêmio do rebaixamento do Brasileirão de 2003. Mesmo com salários atrasados na Ponte Preta, Abel rejeitou o convite por conta de sua ligação com o lado vermelho. Já havia passado pelo Beira-Rio em 1989 e 1995.
— Não seria bom para o Grêmio e não seria bom para mim — confessou o profissional à época.
Coincidentemente, três anos depois de dizer não ao Tricolor, Abel Braga assumiu a equipe vermelha outra vez para alcançar os maiores títulos de sua carreira.
Paulo Roberto Falcão
Considerado um dos maiores atletas da história colorada, Paulo Roberto Falcão é outro técnico que rejeitou passar pelo banco de reservas do Grêmio. Em 2001, quando trabalhava como comentarista da TV Globo, ele foi procurado pelos dirigentes tricolores. Acabou recusando por dois motivos: queria seguir longe dos gramados e, claro, pelo vínculo afetivo com a equipe que o projetou para o futebol mundial.
— Hoje, não estou com essa disposição, quero continuar na imprensa — revelou em 2014.
Entretanto, a negativa de Falcão teve papel decisivo na história. Ele indicou dois nomes aos dirigentes do Grêmio: Carlos Bianchi, técnico do Boca Juniors, e Tite, que trabalhava no Caxias. A opção foi pelo promissor treinador gaúcho, que levantou o Gauchão e a Copa do Brasil ainda naquele ano.