O programa Bola nas Costas, da Rádio Atlântida, transcorria normalmente nesta quinta-feira (12) quando o atacante Rafael Sobis, acompanhado dos dois filhos, ingressou no estúdio. Com seu contrato prestes a se encerrar, no dia 31 de dezembro, o jogador ainda não sabe se permanecerá no Inter em 2020. Por isso, logo foi perguntado sobre seu futuro.
— Essa pergunta se faz para quem contrata — brincou o jogador, que depois admitiu não ter sido procurado pelos dirigentes colorados. — Não, não teve nenhuma conversa. Zero — esclareceu.
Na última temporada, Sobis não conseguiu ser titular da equipe, mesmo com a troca de treinadores. No total, ele disputou 46 jogos — saiu do banco de reservas em 24 oportunidades. Ainda assim, avalia como positiva sua participação:
— A grosso modo, meu ano foi muito melhor do que muita gente imaginava. Principalmente o primeiro semestre. Eu tenho um dos melhores números, dei 10 assistências e fiz seis gols. Se tivesse jogado mais, sei que meus números seriam melhores. Mas não cabe a mim julgar, não sou treinador. Achei que meu ano poderia ter sido absurdamente melhor, mas, mesmo jogando pouco, tive um saldo positivo.
Em meio à entrevista, Sobis foi questionado sobre se jogaria no Grêmio e se alguma vez recebeu proposta para defender o rival.
— Não, jamais (jogaria no Grêmio). Respeito muito, mas não — disse ele, para em seguida contar uma história de bastidores. — Anos atrás, tive que fazer uma jogada, porque o Grêmio tinha convencido o xeique a me vender. Tive que fazer uma jogada com o advogado do Al-Jazira (dos Emirados Árabes, time que tinha seus direitos à época) para ficar no Fluminense. Foi em 2012. Eu fui emprestado para o Fluminense e, no final do contrato, o Fluminense fez uma proposta e o Grêmio fez uma bem maior. Então, eu fiz força para jogar no Fluminense — revelou.
Oriundo das categorias de base do próprio Inter e bicampeão da Libertadores com a camisa colorada, Sobis revelou que aceitou uma redução salarial para voltar ao Beira-Rio no final do ano passado. Agora, aos 34 anos, aguarda ofertas para definir onde jogará na próxima temporada.
— Vocês estão vendo, todos os times estão se decidindo sobre treinador. A partir daí, eles vão se decidindo sobre jogadores. Então, acho que na primeira semana, nos primeiros 10 dias, não vai se resolver muita coisa — concluiu ele.