Criado há pouco mais de 15 dias, o comitê de crise pensado pelo Inter para minimizar os prejuízos ocasionados pela pandemia do coronavírus tem tomado medidas para diminuir os custos do clube nas mais diversas áreas da instituição. As decisões passam por reuniões, em que participam o presidente Marcelo Medeiros, os vice-presidentes eleitos Alexandre Chaves Barcellos e João Patrício Hermann, o diretor financeiro Giovane Zanardo e membros do departamento jurídico.
Quando não presencialmente, os encontros são por meio de videoconferência, pelo menos uma vez por dia. Se o assunto envolver o departamento de futebol, juntam-se a eles Alessandro Barcelos, vice-presidente de futebol, e Rodrigo Caetano, executivo de futebol.
Em uma das decisões para diminuir custos, nesta quarta-feira (6), mais de 40 funcionários, entre eles o ex-zagueiro Índio, foram demitidos do quadro de empregados do Colorado. Conforme o Inter, ocorreu uma redução de cerca de 8% no número de funcionários. O assunto já vinha sendo debatido internamente há algumas semanas, desde que a direção determinou que cada vice-presidência e cada departamento reduzisse as suas despesas em 30%.
— Estamos tentando manter o clube. Temos sofrido dia a dia e debatido essas questões para continuar com a saúde financeira do Inter. Podemos perder perto de R$ 100 milhões em receitas. O cenário no país é grave, não sabemos quando o futebol vai voltar. A Libertadores, para mim, é uma utopia — afirmou Alexandre Chaves Barcellos, vice-presidente do Conselho de Gestão do Inter.
No futebol, 24 funcionários já haviam sido desligados desde o início de 2020. Antes disso, o clube extinguiu o Inter B e suspendeu por três meses o pagamento dos direitos de imagem dos atletas do grupo principal. Conforme acordado com os jogadores, esses valores serão pagos em 2021. Internamente, o clube não descarta adotar novas medidas de corte de gastos no futuro, caso a situação não melhore.