O projeto Saudade do Esporte relembrou, neste domingo (26), o primeiro título da Libertadores do Inter, em 2006. Lateral titular na oportunidade, Ceará ajudou a recontar aquela final contra o São Paulo e também recordou o fato de ter anotado o primeiro gol colorado na competição, na estreia com o Maracaibo por 1 a 1, na Venezuela.
– Era muito cedo ainda, porque era só o primeiro jogo e estreamos empatando fora de casa. Obviamente, a equipe se portou muito bem dentro de campo. Sabíamos da qualidade da equipe, que poderíamos fazer grandes coisas na competição e marcar história. Mas era muito precoce qualquer projeção. Tínhamos que ir passo a passo. Fiquei muito feliz por ter feito gol na estreia e ter sido minha primeira Libertadores – afirmou.
Ceará também destacou a união daquele grupo e reforçou a importância de Abel Braga, que, segundo o ex-jogador, exigia que "a vaidade ficasse de lado":
– Nós conhecíamos as nossas limitações e trabalhávamos em cima delas. Tínhamos que focar no coletivo, pois não tínhamos uma grande individualidade, e brigar um pelo outro dentro de campo.
Para o ex-lateral, uma das cenas mais marcantes daquela final foi a chegada ao Beira-Rio. A torcida fez muita festa quando o ônibus chegou ao estádio, e o veículo teve que parar mais longe do que o habitual, pois não conseguia avançar sobre a multidão de torcedores.
– Para mim, o pré-jogo é o pior momento. Você não consegue controlar a mente, o emocional, quer que o jogo chegue logo. Mas chegando ao Beira-Rio foi impressionante, tinha um mar vermelho. Nós tivemos que parar 100 metros antes do vestiário. Foi demais, muito marcante – contou.