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Impacto do coronavírus

Inter refaz orçamento para 2020 e adota cinco medidas para combater crise financeira

Direção trabalha para reduzir despesas devido à perda de receitas com paralisação do futebol

Rodrigo Oliveira

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Omar Freitas / Agencia RBS
Inter planeja cortar gastos em todas as áreas do clube

Por conta da pandemia de coronavírus, a direção do Inter vai refazer todo o orçamento planejado para 2020. Devido à perda de receitas com a paralisação do futebol, o déficit deve ser maior do que os R$ 13,6 milhões projetados inicialmente. Além disso, é quase impossível que o clube consiga arrecadar R$ 95 milhões com venda de atletas, conforme havia sido orçado em dezembro do ano passado.

Pelo menos cinco medidas serão adotadas para combater a crise financeira causada pela suspensão dos jogos. A direção tentará reduzir o salário dos jogadores neste período, alterar as regras do Profut, postergar o pagamento de dívidas e renegociar contratos com fornecedores. Além de tudo isso, todas as áreas do clube terão de cortar gastos.

— Precisaremos refazer todo o orçamento de 2020. Teremos de renegociar com os fornecedores e com os nossos parceiros, e todos os departamentos terão que baixar despesas — afirma o vice-presidente do Conselho de Gestão, João Patrício Herrmann

Confira as cinco medidas adotadas pelo Inter para combater a crise financeira:


1) Redução salarial temporária

A ideia é chegar a um acordo com os jogadores para reduzir os salários durante o período em que o futebol estiver suspenso. O clube entende que será difícil quitar a folha de pagamento de forma integral nos próximos meses devido à perda de receitas.


2) Suspensão das parcelas do Profut

Em parceria com os demais clubes brasileiros, o Inter tenta com o governo federal a suspensão do pagamento das parcelas do Profut, o programa de refinanciamento de dívidas das entidades esportivas com a União. A ideia é retomar a quitação deste débito tão logo o futebol seja retomado.


3) Autorização para aumentar o déficit

O Profut estipula que o déficit dos clubes em 2020 não pode ser superior a 5% do faturamento do ano anterior. No caso do Inter, o resultado negativo máximo permitido é de R$ 14,6 milhões. Diante da crise, dificilmente o clube conseguirá cumprir essa regra. Por se tratar uma circunstância extraordinária e imprevisível, a direção está tranquila quanto a isso e tem convicção de que o governo federal e o Congresso autorizarão essa possibilidade.


4) Renegociação com fornecedores

O Inter contratou diversos serviços para o ano de 2020, como portaria e limpeza terceirizadas, alimentação para os atletas, materiais de construção, contratos de viagem e serviços de TI. Com a paralisação do futebol, o clube estima que não utilizará a maioria desses serviços por pelo menos três meses. Por isso, a intenção é de chegar a um acordo com os prestadores de serviços para reduzir os pagamentos.


5) Corte de gastos

Todos os departamentos do clube terão de reduzir despesas. A ideia é cortar uma quantidade significativa de gastos para que o déficit seja o mais baixo possível.

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