Revelado no Beira-Rio, Taison nunca escondeu seu desejo em voltar ao Inter. Mas, em tempos de isolamento social por conta do coronavírus, parece que a saudade bateu mais forte. Nesta segunda-feira (23), o atacante concedeu entrevista ao programa Bola nas Costas, da Rádio Atlântida, e reiterou seu sonho de vestir a camisa colorada.
— Não tem noção da vontade que eu estou, mas infelizmente.... Vamos ver. Meu sonho é voltar e ganhar do Grêmio do Duda (Garbi) — brincou ele, citando o apresentador do programa.
Respondendo à provocação, o comunicador Rodrigo Adams, também gremista identificado, citou que Taison teria de passar pelo zagueiro Kannemann se voltasse a jogar no futebol gaúcho.
— O Geromel, tudo bem. Mas esse argentino, não tem como. Com todo o respeito, é um baita profissional. Geromel é o cara. Para mim, o melhor zagueiro do Brasil disparado. Minha zaga seria Geromel e Víctor Cuesta. Mas o outro (Kannemann), com todo o respeito... — retrucou o ex-colorado que atua no Shakhtar Donetsk.
Embora a entrevista tenha sido em tom descontraído, Taison foi convidado a participar do programa para relatar a situação vivida na Ucrânia, um dos muitos países onde as autoridades impuseram medidas de isolamento para impedir o contágio da covid-19.
— Os aeroportos estão trancados. Ninguém sai daqui até acalmar isso. Não tem data para eu voltar ao Brasil. Não sei nem quando os campeonatos vão voltar e nem se vamos ter férias no meio do ano. Vou falar bem a verdade — relatou ele.
A curiosidade está no fato de o Campeonato Ucraniano ter sido um dos últimos da Europa a paralisar.
— Jogamos domingo passado (15) e depois parou tudo. Os ônibus estão parando também. Já está todo mundo trancado dentro de casa. Só pode sair no condomínio — revelou ele — Eu vou ficar craque no videogame, porque acordo e jogo todos os dias. Treino dentro de casa, faço abdominais, escada e vou direto para o videogame. Estou a madrugada inteira jogando — completou.
De acordo com ele, a imprensa ucraniana confirmou 79 casos no país do leste europeu, sendo 25 apenas na cidade de Kiev, onde ele vive.
— Aqui, o povo está respeitando muito. Nas ruas, não se vê ninguém. Tu vai ao mercado uma vez por semana, tem bastante filas. Aqui no meu condomínio, olho para baixo e não vejo ninguém na rua. Parece que estou vendo o filme do Will Smith, "Eu sou a lenda" — descreveu o jogador.