No dia que antecede a primeira decisão do ano para o Inter, o meia e capitão colorado D'Alessandro concedeu entrevista projetando o confronto contra o time chileno. O argentino ressaltou o respeito para com a Universidad de Chile, mas reforçou que o Colorado tem obrigação de vencer e se classificar para a terceira fase da Libertadores.
— Temos obrigação, mas seguimos respeitando a Universidad de Chile. Decisões sempre são importantes, mas todo jogo é importante. O que importa é nossa preparação e mentalidade, conscientes de que precisamos fazer nosso trabalho e manter nosso foco. Temos total confiança no nosso grupo, claro que muda o planejamento jogar essa fase da Libertadores, mas é o que temos pela frente. Precisamos jogar e ganhar, fazer por merecer. Individualmente, o treinador sabe que pode contar com todo mundo. O futebol não te dá tempo, você deve estar preparado sempre — disse D'Ale.
Em clima descontraído e brincando com os repórteres, o camisa 10 colorado também falou sobre a formação do Inter nas últimas partidas, com Musto, Edenilson, Lindoso e Patrick na linha do meio-campo. Segundo D'Alessandro, a imprensa comenta que o Colorado tem atuado com quatro volantes, mas o argentino não concorda.
— O que determina como a gente joga não são os nomes, e sim as posições. Se o Patrick e Edenilson forem para as laterais, vão dizer que estamos com seis volantes? É um volante e três meias. Para o Lindoso também é diferente, ainda que ele tenha jogado no Botafogo, com um jogador mais fixo e ele mais livre. Eu atuando como segundo atacante é um pedido do Coudet, estou tentando reproduzir o que ele pediu.
D'Alessandro reforçou a importância da partida e da capacidade colorada de concentração no confronto da próxima terça. Além disso, deu a entender que prefere vencer o jogo da Libertadores do que o clássico Gre-Nal, pela semifinal do primeiro turno do Gauchão.
— O fator mental é importante a essa altura do ano, em que já temos decisões. Para mim, a de amanhã é a mais importante desse começo do ano. Teremos de estar atentos aos contra-ataques, vamos ficar muito com a bola no pé. Mentalmente vamos estar fortes para qualquer coisa dentro do jogo. O Coudet pede isso. Não é a mesma coisa um Gauchão e uma Libertadores. Não podemos bobear, dar brecha. Se ocorrer qualquer coisa, podemos pagar um preço muito caro. Começaríamos o ano com uma pressão gigantesca — salientou.
A torcida também será de extrema importância no jogo de terça, segundo o capitão colorado. A direção do Inter espera que ao menos 40 mil pessoas estejam no estádio Beira-Rio.
— A torcida é sempre importante, nós precisamos deles. Já são quase 30 mil ingressos vendidos. O torcedor colorado se faz presente, quando precisamos. Nesse momento, precisamos do Beira-Rio lotado, que eles nos empurrem, precisamos que nos acompanhem — concluiu.