Está aberta a discussão entre os colorados se o técnico Eduardo Coudet acertou em determinar que Bruno Fuchs é o novo titular da zaga no lugar de Rodrigo Moledo. Desde a entrada surpreendente do jovem zagueiro no clássico Gre-Nal do Gauchão, se estabeleceu uma comparação direta entre o desempenho de ambos. Levando-se em consideração os números em recentes jogos de alta exigência, não há uma diferença tão grande.
Depois de ter começado 2020 como titular em dois jogos do Gauchão, quando até marcou um gol na vitória de 4 a 3 sobre o São Luiz, Moledo encarou os confrontos contra a Universidad do Chile. Nas duas partidas pela Libertadores, ele somou 112 passes certos e apenas dois errados. No jogo de Santiago teve uma finalização para fora, enquanto seus lançamentos e assistências somaram seis, com índice de acertos de apenas 50%.
Bruno Fuchs entrou no time contra o Grêmio e atuou como titular na Colômbia contra o Tolima. O desempenho mostrou uma vocação maior em relação a Moledo nos lançamentos e assistências que somaram dez. O número de passes é semelhante ao do companheiro, mas com menos acertos, 91, e os mesmos dois erros. Vale como registro positivo para Fuchs dois lances importantes na partida em Ibagué, quando no final do jogo houve um desarme importante que evitou uma jogada iminente de gol do Tolima e um chute perigoso no ataque que foi defendido com dificuldade pelo goleiro adversário.
Não é uma tendência o retorno do antigo titular à zaga colorada. Bruno Fuchs é convicção do treinador e deverá estar em campo nesta quarta-feira (26) no Beira-Rio. Desde a chegada de Eduardo Coudet, o que se coloca como vantagem para o zagueiro que estava na seleção olímpica do Brasil é a qualidade na saída de jogo, algo que os números ainda não mostram com tanta relevância, bem como a área de atividade nos chamados "mapas de calor", com ambos ocupando o lado direito do campo defensivo e se arriscando poucas vezes ao ataque.