É claro que o gol marcado aos 42 minutos do primeiro tempo, que abriu a vitória colorada sobre a Universidad de Chile, precisa ser ressaltado. Mas a atuação de Gabriel Boschilia na noite desta terça-feira (11) vai além disso.
Escolhido para substituir Patrick, contundido logo no início do jogo, o meia de 23 anos pode ter colocado uma pulga atrás da orelha do técnico Eduardo Coudet. Em sua quarta partida com a camisa do Inter, o jogador trazido do Monaco agregou qualidades até inesperadas para um jogador da sua função.
Posição
No desenho do time, o jogador funcionou como um meia-esquerda, exatamente como Patrick. O mapa de calor elaborado pelo site Footstats evidencia o setor do campo ocupado por ele. Sua missão era se aproximar dos atacantes (D'Alessandro e Guerrero) e dar apoio às subidas do lateral Moisés.
Como o Inter adotou uma marcação alta e agressiva, Boschilia era um dos responsáveis por abafar a saída de bola dos chilenos já no campo de defesa. Desta forma, realizou três desarmes limpos, se tornando (ao lado de Rodrigo Lindoso e Rodinei) o atleta que mais desarmou ao longo da partida. Uma destas roubadas de bola, inclusive, foi sobre o zagueiro Carrasco, que originou o primeiro gol na vitória por 2 a 0.
Faltas sofridas
Outro atributo visto foi a capacidade de prender a bola e girar sobre o marcador. Assim, ele se tornou alvo da marcação dos adversários. Com cinco faltas recebidas, foi o jogador mais derrubado pelos chilenos.
Ao mesmo tempo, é preciso destacar a quantidade de bolas perdidas por Boschilia. Ao todo, foram seis. Somente Guerrero, com sete, teve mais perda de posse durante os 90 minutos.