O Inter de 2020 teve sua origem ainda na temporada de 2019, segundo o presidente Marcelo Medeiros. O dirigente explica que tanto as saídas de jogadores quanto a intenção de mudar o estilo de jogo, trazendo o treinador argentino Eduardo Coudet e os reforços sugeridos por sua comissão, são pensados desde antes do fim do Brasileirão. O mandatário colorado falou ao Sala de Redação, na tarde desta sexta-feira (17).
— Antes de montarmos o grupo que está sendo formado, o clube fez uma readequação — explica Medeiros, complementando:
— Saíram 23 atletas. Todos os jogadores que estão chegando se adequam ao que o clube quer.
Além da reformulação no elenco, Medeiros citou a troca no comando técnico como um dos movimentos de adaptação aos novos parâmetros táticos e técnicos pretendidos. Eduardo Coudet foi escolhido para fazer o time jogar um futebol diferente do que estava sendo jogado.
Em duas semanas de pré-temporada, o técnico já faz suas ideias serem percebidas nos gramados do CT Parque Gigante. A efetividade não surpreende o presidente Marcelo Medeiros. Coudet veio trabalhar em Porto Alegre acompanhado de quatro outros profissionais de sua confiança, campeões argentinos com ele no Racing.
— Ninguém faz nada sozinho — ponderou Medeiros, ressaltando que o processo de ruptura depende de esforços coletivos.
Marcelo Medeiros conta que o nome de Eduardo Coudet para o cargo foi definido em meio ao planejamento dessas mudanças:
— O movimento de fazer uma ruptura do modelo que o Inter vinha sendo definido desde o ano passado. Foi concluído de que o profissional deveria ser o Eduardo Coudet. Estudamos outros profissionais, mas não conversamos com ninguém. Só conversamos com o Coudet.
Em coletiva no CT na manhã desta sexta-feira, o capitão D'Alessandro comparou os projetos dos técnicos Eduardo Coudet e Odair Hellmann. Segundo o camisa 10, a grande diferença está na escola de cada um dos profissionais em suas vidas no futebol.
— São estilos diferentes, mas algumas ideias são parecidas. Apresentar um bom futebol e pressionar o portador da bola. Todos os treinadores têm sua escola. A do Coudet é diferente, é argentina. É de muita intensidade e pressão. Vamos tentar captar e nos adaptar da melhor maneira possível — avaliou D'Alessandro, 38 anos, projetando sua 12ª temporada jogando pelo Inter.