Após a confirmação da desistência da Unión Española-CHI, o Inter conheceu o seu primeiro adversário na pré-Libertadores: a Universidad de Chile. Tradicional equipe do futebol andino, a La U vive um momento de instabilidade. Após uma temporada de quase rebaixamento, "ganhou" de presente a vaga na fase preliminar da principal competição da América.
Apostando na permanência de seu treinador do último ano, Hernán Caputto, os chilenos abriram os cofres nesse período sem partidas oficiais para reforçar o grupo visando à disputa da competição continental.
— Foram sete contratações. Praticamente a metade de uma equipe completa. Há muita expectativa do torcedor da La U para ver como o técnico fará para que todos recém-contratados atuem entre os titulares — comenta Rodrigo Fuentealba, jornalista do La Cuarta.
Entre os reforços, estão Pablo Aránguiz, meio-campista que estava no FC Dallas e irmão de Charles Aránguiz (o jogador está disputado o Pré-Olímpico e não deverá enfrentar o Inter), Luiz Del Pino Mago, zagueiro ex-Palestino-CHI e Walter Montillo, atleta que atuou por muito tempo no Brasil.
Campeão da Sul-Americana em 2011 sob comando de Jorge Sampaoli, a Universidad de Chile costumava ser um dos adversário mais complicados para se enfrentar na Libertadores. Porém, recentemente, tem convivido com más campanhas e problemas administrativos.
— Vem de uma má gestão. No ano passado, foi o clube que mais investiu. Foram cerca de 4 milhões de dólares (R$ 16 milhões) gastos em reforços. É muito para o padrão do futebol chileno. Além disso, foram três treinadores durante o ano. Entre eles, Alfredo Arias, que esteve à frente do time em 12 jogos e venceu apenas um — explicou.
Sobre os riscos que podem ser oferecidos ao Inter, o jornalista ressalta que, apesar da remontagem do elenco, a equipe chilena não tem condições de enfrentar os principais clubes que estão na Libertadores.
— Neste momento, a La U não está à altura dos times de primeira linha da América do Sul. É um time que teve muitos problemas. A classificação para a Libertadores caiu do céu, após a desistência da Unión Española — afirmou o jornalista, que completou falando sobre os problemas vividos atualmente pelo futebol chileno.
— Eles não atuam há três meses. Devido aos protestos e à pressão social, os campeonatos foram encerrados em outubro. A Universidad Católica e o Colo-Colo sentiram muito a falta de ritmo no jogo pela Copa do Chile. Na Universidad de Chile haverá muitas mudança no time que esteve próximo de ser rebaixado para a segunda divisão na última temporada — finalizou.