O início da década colorada foi de conquistas, com os títulos da Libertadores, em 2010, e da Recopa Sul-Americana, em 2011. Dois nomes importantes para esse período vitorioso foram Tinga e Oscar, contratados pelo Inter há quase 10 anos.
A chegada à semifinal da Libertadores de 2015, cuja eliminação se deu contra o milionário Tigres, do México, teve participação memorável do chileno Aránguiz, que foi vendido ao Bayer Leverkusen, logo após o término da competição continental.
A década ficou marcada, ainda, pelo inédito rebaixamento à Série B do Brasileirão, em 2016. A reconstrução do clube se inicia no ano seguinte, na Segunda Divisão nacional. Um nome fundamental no acesso colorado foi o zagueiro argentino Víctor Cuesta, que chega no início de 2017 ao Inter. Já em 2018, foi anunciada a contratação de Paolo Guerrero, ainda cumprindo a punição por doping. Estreou com a camisa colorada em 2019 e foi o artilheiro da equipe na temporada com 20 gols.
Os jogadores:
2010 — Tinga
Autor do gol do título da Libertadores 2006, o Inter anunciou o retorno de Tinga ao clube em maio de 2010. À época com 32 anos, o jogador havia atuado por quatro temporadas no Borussia Dortmund, da Alemanha, onde disputou 154 partidas e marcou 31 gols.
O atleta chegou para a semifinal do torneio sul-americano e foi expulso no jogo contra o São Paulo, mas ajudou na vitória sobre o Chivas, do México, no Beira-Rio. E, no ano seguinte, na conquista da Recopa Sul-Americana contra o Independiente, da Argentina. Ficou no clube até 2012, quando se transferiu para o Cruzeiro.
2010 — Oscar
Aos 18 anos, o promissor meia foi trazido como aposta colorada. O jogador havia enfrentado na justiça o seu clube formador, São Paulo, para conseguir o direito de assinar contrato com o Inter. Ele chegou com grande expectativa por seu histórico de convocações e títulos com as seleções de base.
Dentro de campo as expectativas se confirmaram. Oscar se mostrou um bom passador e finalizador de média distância, fazendo boa parceria com D'Alessandro. O meia foi protagonista, também, dos títulos da Copa do Mundo e Sul-Americano com a Seleção brasileira sub-20 em 2011. Atuou em 70 partidas pelo Inter e marcou 19 gols. Foi comprado pelo Chelsea por R$ 80 milhões em julho de 2012 e jogou a Copa do Mundo com a Seleção principal em 2014.
2014 — Aránguiz
O chileno era ídolo na Universidad de Chile e um dos líderes do elenco campeão da Sulamericana de 2011. Chegou no Inter por empréstimo em janeiro e foi comprado em definitivo em junho, antes da Copa do Mundo. Já nos primeiros meses assumiu a função de motorzinho do time que era comandado por Abel Braga.
A rápida transição com passes precisos e a boa presença de área do chileno logo chamaram a atenção da Europa. O volante fez 54 jogos com a camisa do Inter e marcou dez gols. Foi vendido em 2015 e deixou o time assim que o Colorado encerrou a participação na Libertadores daquele ano. Desde então está no Bayern Leverkusen e recentemente seu retorno a Porto Alegre foi cogitado.
2017 — Víctor Cuesta
Aos 28 anos, o zagueiro argentino vivia o auge da sua carreira no Independiente. Foi comprado pelo Inter em março de 2017 para a disputa da Série B e se tornou uma referência na posição. Desde 2018 forma a dupla de zaga titular com Rodrigo Moledo.
Caiu nas graças da torcida com seus desarmes providenciais, frieza no enfrentamento com o adversário e passes longos para o ataque. Em 2019 foi o jogador colorado de linha que mais atuou, entrando em campo 60 vezes.
2018 — Paolo Guerrero
Os 20 gols de 2019 foram a resposta mais que imediata ao investimento e confiança no centroavante peruano de 36 anos. Antes disso, oito meses de suspensão por doping e incerteza sobre sua condição para jogar. Em sua estreia, em abril, contra o Caxias, pelo Gauchão, já mostrou a que veio.
Guerrero é o segundo maior artilheiro estrangeiro no Brasileirão, tendo marcado 47 vezes — somando-se as passagens por Corinthians e Flamengo. O desempenho em 2019 despertou a atenção do Boca Juniors, da Argentina, que chegou a sondar o atacante mas recuou desistindo da negociação.