Autor do gol do título da Libertadores 2006, sonho de consumo para as fases decisivas do torneio deste ano, caso o Inter chegue lá, Paulo César Tinga também sonha com uma reedição daquele momento histórico. O clube ainda não procurou o meia oficialmente, mas ele está encerrando sua passagem pelo futebol alemão. Da fria Dortmund, o jogador falou por telefone nesta sexta-feira sobre o seu futuro, que está completamente indefinido, e confirmou ter recebido apenas duas propostas oficiais: do Fluminense e do Catar.
Enquanto analisa os convites, Tinga recebe sondagens, que vêm "de tudo que é lugar", segundo ele. De outros clubes da Europa e até dos times do Rio Grande do Sul. Mas ele prefere não entrar em detalhes sobre o nível destes contatos. Questionado sobre uma eventual escolha entre jogar no Rio de Janeiro ou em Porto Alegre, no time em que foi campeão da América, Tinga não pensa duas vezes:
- Por ser colorado, ficaria mais fácil no Inter, mas não posso falar mais nisso porque não tem nada, senão soaria como se eu estivesse pedindo para jogar lá. Só recebi propostas do Fluminense e do Catar. Tenho que esperar terminar aqui e depois ver o que acontece.
Mesmo de longe, o meia conta que acompanha o ex-time direto, principalmente durante a Libertadores.
- Não tem como não lembrar de 2006, aquilo está na história. Assisto aos jogos daqui e fico lembrando... Quem sabe ainda seja possível, não sei como ficaria por causa das inscrições. Naquele ano a final também foi depois da Copa do Mundo. É um campeonato que me fascina, já joguei quatro edições (1998, 2002 e 2003 pelo Grêmio, e 2006, pelo Inter) e tenho certeza que vou jogar novamente. Não sei onde.
Resta saber se a diretoria do Inter gostaria de reeditar a parceria. O vice de futebol Fernando Carvalho não foi localizado por telefone para comentar o assunto nesta tarde.
O contrato de Tinga com o Borussia Dortmund se encerra em junho, mas a partir de 8 de maio, quando acaba o Campeonato Alemão, ele já poderá trocar de clube. O jogador nega que o acordo com o Fluminense seja apenas "questão de tempo", como disse um dirigente do clube carioca. E afirma não ter preferência entre uma boa proposta financeira na Europa ou uma chance de voltar às origens no Brasil.
- Não tenho problema nenhum de ficar na Europa, me adaptei fácil, e também não tenho nenhum problema de retornar. Teria que ver o projeto, as competições que o clube disputa, tempo de contrato, essas coisas - declara.
Por isso, nem mesmo a proposta do Catar ainda não está descartada. Assim como a do Fluminense, considerado um grande clube brasileiro, o futebol árabe teria vantagens para ele:
- A federação contrata três jogadores e distribui para os principais times. É legal porque é muito seguro.
Nem um eventual retorno ao Grêmio, clube que o formou, está fora de cogitação. Mesmo com a "confissão" de que sempre foi torcedor do clube rival.
- É lógico que isso não inviabilizaria. Me dei muito bem no Grêmio, comecei ali, conquistei títulos. O fato de eu ser colorado não muda nada - afirma.
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