A montagem de elenco do Inter para 2020 começou a partir do momento em que contratou Eduardo Coudet. O técnico tem participado diretamente das negociações nesta temporada, seja indicando ou aprovando as indicações do Centro de Análise e Prospecção de Atletas (CAPA). Até o momento, cinco jogadores foram apresentados: os laterais Moisés e Rodinei, os meias Damián Musto e Thiago Galhardo e o atacante Marcos Guilherme.
A análise interna é de que as contratações feitas até o momento estão qualificando o plantel para a disputa das principais competições desta temporada. As negociações cumprem requisitos propostos pelo departamento de futebol, que tem dificuldades financeiras para fazer um alto investimento.
— São todas contratações que agregam qualidade ao grupo. Além disso, foram baseadas em critérios e acréscimos pontuais em posições identificadas pela comissão técnica e pelo nosso estafe técnico (CAPA) — analisa o vice-presidente de futebol do clube, Alessandro Barcelos, que complementa explicando as dificuldades vividas pelo clube no momento de negociar:
— Nossa condição financeira tem sido um impeditivo para que tenhamos um avanço maior em algumas negociações. Porém, temos visto a possibilidade de fazer boas transações, sem que seja necessário desembolsar uma grande quantia de dinheiro no ato da contratação.
A participação direta de Coudet também foi ressaltada pelo dirigente colorado. Para que haja o respaldo por parte da comissão técnica sobre uma contratação, há a necessidade de que o jogador se encaixe no estilo de jogo que será proposto pelo Inter em 2020. Além disso, outro fator que faz com que a diretoria efetive a contratação é o desejo por parte do atleta de participar do projeto apresentado pelo clube.
— São jogadores que se adequam ao modelo de Eduardo Coudet e que tinham o desejo de atuar no Inter. Todos eles demonstraram a vontade de participar do projeto. Eles já estão treinando com o grupo e em uma boa condição física, apesar de terem vindo em meio a pré-temporada — explicou o dirigente.
Leonardo Oliveira, comentarista e colunista de GaúchaZH, faz uma avaliação sobre os movimentos feitos pelo Inter até o momento.
— O Inter mudou o eixo na política de contratações em 2020. Em vez de buscar um técnico para montar um time com os jogadores, iniciou pelo treinador e, só depois dele, saiu em busca de nomes para sustentarem a sua ideia e jogo. Assim, as contratações do Inter, se fossem analisadas de forma isolada, não empolgariam. Porém, inseridas no conceito de futebol que Coudet adotará, se potencializam porque são peças que se encaixam numa necessidade do time — analisou.
Apesar das contratações estarem agradando, existe a análise interna de que há lacunas a serem preenchidas no elenco colorado. A partir disso, o departamento de futebol segue observando o marcado para encontrar jogadores que acrescentem qualidade e que encaixem no modelo de negócio proposto pelo Inter.
— Seguimos de olho no mercado. Estamos com o radar alerta e funcionando para que tenhamos outras oportunidades de negócio. Dessa forma, estamos dando para o treinador as opções para que ele possa colocar em prática o seu modelo de jogo. Diferente do que foi ano passado — afirmou Alessandro Barcellos, deixando claro não haver ainda um grande poder de investimento para fazer grandes contratações. Mesmo assim, há possibilidade de o Inter fazer um esforço financeiro para se reforçar para 2020.
As carências do elenco também foram elencadas por Leonardo Oliveira, que analisa as características de cada uma das contratações do Inter e explica as funções que podem ser executadas por cada um no time de Coudet:
— Entre os cinco nomes trazidos, o mais reluzente, sem dúvida, é o de Marcos Guilherme. Um jogador de 24 anos que chega com contrato por quatro temporadas e com o custo diluído ao longo do período. Tem potencial para ser protagonista, pela sua individualidade. Moisés e Rodinei são jogadores de força, que atendem ao que busca o técnico. Musto é seu homem de confiança, vai ser sua extensão em campo. Por fim, Galhardo vem como alternativa, para ser tanto um meia quanto um atacante. A janela segue aberta no Beira-Rio. Um zagueiro, já que conta com apenas quatro, e um centroavante são questões de ordem .