A cada começo de temporada, é a mesma coisa. O torcedor colorado rói as unhas à espera do anúncio de uma boa contratação, do nome que vai ajudar a equipe a voltar aos grandes títulos, a superar o rival. Desde a trágica vinda de Rafael Moura, contratado por intermináveis quatro anos em 2012 a um custo total de dezenas de milhões de reais, deixei de me preocupar tanto com quem o clube vai trazer. A prioridade, desde então, é quem não será contratado.
Há contratações que pioram o futebol do time, irritam a torcida e ainda por cima sangram os cofres do Beira-Rio. Anderson é outro exemplo recente. Nos últimos dias, ganhou corpo um suposto interesse do Inter no argentino Lucas Pratto, o incrível atacante que teve exatamente o mesmo número de gols que eu na temporada do futebol argentino. Zero. A bola nem mesmo bateu sem querer nas suas costas, enquanto perambulava pela pequena área, e cruzou a linha.
Torçam pela contratação que quiserem, eu foco minhas rezas futebolísticas na eliminação de possíveis nomes na cabeça de dirigentes. Por mais remota que seja a chance de desembarcar no Beira-Rio, não vale a pena correr o risco. Por isso, Musto ou Rodinei podem não ser as contratações dos sonhos, mas não chegam a ser um problema como seria contar com mais um atacante em baixa na carreira mas em alta nas pretensões salariais como Pratto.
Será importante, sim, contarmos com mais e melhores contratações no Beira-Rio para 2020, mas deixo essa briga para os demais torcedores colorados. Vou focar em manter Lucas Pratto e outros do mesmo naipe longe da Padre Cacique.