Impressionante a quantidade de semelhanças entre o rebaixamento do Cruzeiro e o do Inter, em 2016. Desde fatos "comuns", como resultados de jogos, trocas malucas de treinador, passando por quedas bruscas de rendimento de jogadores e, principalmente, tudo que ocorreu nos bastidores envolvendo dirigentes e que, obviamente, refletiu no campo.
É incrível a capacidade de conseguir afundar um clube do tamanho de Inter e Cruzeiro em um campeonato em que o nível do futebol é tão baixo quanto o Brasileirão. São gestões completamente descompromissadas com o que os clubes têm de mais valioso: suas torcidas.
Uma falta de noção absurda de "dirigentes" que lidam com orçamentos milionários, cercados de aspones que não sabem nada de futebol — mas adoram estar perto e corroborar com tudo que é feito. Eles entram em uma redoma em que se acham "poderosos" e, na realidade, acabam se perdendo em suas próprias pretensões.
Quem sofre é o torcedor
E quem sofre? O torcedor. Que paga a mensalidade, que compra os ingressos e os produtos oficiais. Que nunca vai abandonar o seu time. Enquanto os verdadeiros responsáveis pela vergonha somem do mapa deixando poucos rastros e nenhuma saudade.
Fica claro que esses senhores pouco — ou nada — aprendem com episódios semelhantes e próximos. É inadmissível que continuem se candidatando aos cargos mais importantes dos clubes que "torcem". Não estão lá porque querem — como nós, torcedores — ver um time campeão e uma torcida feliz. Seus interesses são outros. Bem diferentes dos nossos.