De férias em Buenos Aires, D'Alessandro foi a grande atração do programa "No todo pasa", da TV argentina TyC Sports, na noite desta segunda-feira (16). Em mais de uma hora de entrevista, o meia surpreendeu quando questionado sobre a possibilidade de se tornar "manager" do Inter depois de encerrar a carreira.
— Pode ser presidente. Nunca se sabe — disse ele, em tom sério, interrompendo as risadas dos participantes.
Citando os exemplos de Verón, Diego Milito e Riquelme, que após a aposentadoria se tornaram dirigentes, o apresentador perguntou qual o plano do camisa 10 colorado: ser treinador, dirigente ou presidente.
— Eu gosto das três coisas. Minha cabeça ainda é de jogador, mas já fiz o curso (de treinador) aqui na Argentina. Não tenho nada decidido. Vou pensar. Capaz de eu jogar mais um ano, ou dois se o corpo aguentar. Seguramente, jogo um ano mais — respondeu.
Toda a conversa foi por este lado depois que D'Alessandro comentou sua visita ao treino do River Plate na semana passada, e a repercussão dada a sua conversa com o meia Nacho Fernández, um dos jogadores indicados por Eduardo Coudet à direção colorada.
— Não fui roubar jogadores, como disseram. Focaram no Nacho, mas falei com todos, porque foram meus companheiros — declarou o argentino, que observou o trabalho de Marcelo Gallardo. — Fiquei olhando o treinamento por 40 minutos. Eles treinaram em uma intensidade, como se fosse uma partida normal. Eu comparei conosco (Inter), e há uma diferença. Com o River, pelo menos — analisou.
Em meio ao programa, Coudet também foi colocado ao vivo, por telefone, para falar sobre seu acerto com o Inter. Antes disso, D'Alessandro avaliou a contratação do novo comandante.
— Tenho o acompanhado faz muito tempo. Pelo Rosario Central, tirou o Grêmio da Libertadores. Fizeram duas partidas bárbaras, e jogou muito bem na Arena do Grêmio. E vinha acompanhando o trabalho no Racing há dois anos. O clube (Inter) tinha que fazer algo diferente, apostar em uma filosofia diferente. Os (jogadores) estrangeiros ajudaram nisso, para dar mais respaldo aos dirigentes. Os trabalhos de Sampaoli (no Santos) e Jorge Jesus no Flamengo também abriram portas — concluiu o camisa 10.