O Inter deseja repetir em outro Estado do Nordeste a melhor atuação sob comando de Zé Ricardo. Para isso, deve enfrentar o Ceará, às 19h30min desta quinta-feira (7), em Fortaleza, com o mesmo esquema que venceu o Bahia em Salvador há 11 dias, quando o técnico carioca estreava no time gaúcho. A partida desta noite, válida pela 31ª rodada do Brasileirão, é fundamental para as pretensões coloradas de buscar uma vaga na Libertadores 2020.
Ainda que tenha sido vitorioso na Fonte Nova, o 4-2-3-1 que o Inter estuda mandar a campo no Castelão não funcionou no Gre-Nal. Mas o clássico, no entendimento de jogadores, comissão técnica e até direção, teve avaliação prejudicada por causa da expulsão de Marcelo Lomba. Assim, a tendência é de manutenção do sistema.
Dessa forma, além de Danilo Fernandes no gol, Heitor de volta à lateral direita, Moledo e Cuesta na zaga e Uendel na esquerda, a equipe teria uma dupla de volantes, Lindoso e Patrick, e um trio mais ofensivo à frente deles e atrás de Guerrero. Uma das peças desse meio será D'Alessandro, que jogou apenas 45 minutos do clássico no domingo passado. As outras duas, abertas pelos lados, tendem a ser Guilherme Parede e William Pottker.
Goleador do Brasileirão 2016 pela Ponte Preta, o atacante vive um 2019 turbulento, recheado de lesões. Na última partida como titular, em 15 de setembro contra o Atlético-MG em Belo Horizonte, deixou boa impressão, inclusive marcando dois gols no 3 a 1 dos reservas. O problema é que novamente se machucou e ficou de fora por mais de três semanas.
— Pottker sempre esteve entre os artilheiros da equipe. É um jogador que se doa muito, participa da parte tática, às vezes não é tão plástico, mas tem bons resultados no Inter. É uma das opções que a gente confia. Tem força, tem velocidade. Dependendo de como nosso time se comporta, favorece — elogiou o diretor executivo do Inter, Rodrigo Caetano.
Caso opte por uma escalação mais cautelosa, a alternativa de Zé Ricardo é retornar ao 4-3-3, com um tripé de meias defensivos. Lindoso seria o jogador mais recuado, tendo Patrick e Bruno Silva em uma linha pouco mais à frente, tirando uma das vagas ofensivas, seja a de Parede ou a de Pottker.
— A questão do sistema varia muito. Às vezes jogamos mais simples, com duas linhas de quatro e dois jogadores na frente e funciona em uma partida, mas em outra não. Tem de ver como é a adaptação com o adversário também — argumenta o lateral Uendel.
O certo é que o Inter de Zé Ricardo ainda busca uma identidade. E terá no Castelão a chance de dar mais um passo em busca da Libertadores.