A vitória do Inter sobre o Avaí por 2 a 0, em Santa Catarina, foi precedida pela misteriosa entrevista do diretor executivo Rodrigo Caetano a respeito do futuro técnico do clube. Caetano confirmou a reunião com Eduardo Coudet em Buenos Aires, além de garantir que o treinador do Racing não comandará o Inter em 2019. O dirigente, porém, não negou que o clube possa contar com Coudet para janeiro.
Foi Caetano mesmo quem lembrou: Chacho Coudet tem uma final a disputar em 15 de dezembro, a Supercopa Argentina. Depois disso, o futebol argentino entra por mais de um mês em recesso. E, aí, tudo indica que o Inter poderá quebrar o silêncio e oficializar a contratação do argentino. Até 8 de dezembro, porém, o Inter avaliará os próximos resultados, antes de partir para um treinador com contrato somente até o fim do Brasileirão.
— Estivemos em Buenos Aires, e tivemos uma reunião com Coudet e com o seu agente. Nesse momento ele não pode (assumir o Inter), tem contrato, mas gostou do projeto que apresentamos. Queríamos que ele viesse agora, mas não abriu essa possibilidade. Tem contrato moral também com o Racing, pois é o campeão argentino. Esse assunto se encerra aqui. O que pode acontecer depois é futurologia, e não gostaria de entrar nesse campo — disse Caetano.
Ainda esgrimindo com as perguntas, o dirigente afirmou que o interino Ricardo Colbachini seguirá à frente do time diante do Vasco, neste domingo (20), no Beira-Rio, mas não deu garantias de continuidade. O Inter poderá buscar um técnico para 50 dias. Se o Avaí e o Vasco não chegam a ser potências, em breve o Inter terá pela frente um Gre-Nal na Arena. E, da última vez que o Inter disputou um Gre-Nal na Arena com um interino, levou 5 a 0, sob o comando de Odair Hellmann em 2015. No caso de um técnico-tampão, Lisca surge como o preferido para o momento. Mora em Porto Alegre e conhece o clube. Além dele, há Zé Ricardo, treinador que trabalhou com Caetano no Flamengo, e recentemente demitido do Fortaleza para o retorno de Rogério Ceni.
— No momento, existe a possibilidade de um substituto ou da manutenção do Ricardo (Colbachini). Precisamos pontuar domingo porque, depois, teremos um jogo difícil contra um adversário direto (o Bahia, fora de casa). De momento, o Ricardo segue até domingo, pois é um profissional da casa, um funcionário forjado no cube, e está apresentando um bom trabalho. Um trabalho que é uma continuidade do trabalho do Odair — comentou Rodrigo Caetano.
Como de se esperar, todas as perguntas ao diretor executivo foram sobre Eduardo Coudet. E Caetano voltou ao tema:
— Ele (Coudet) foi muito taxativo. Disse que apesar de ter gostado do nosso projeto, ele não pode estar aqui. Tem um compromisso muito claro, como eu disse, e esse assunto nós não vamos retomar de momento. Se algo acontecer em 2020, é como eu disse, nós estamos aqui fazendo exercício de futurologia. Nós temos os nossos problemas para resolver aqui, que é buscar a nossa vaga na Libertadores do ano que vem. Por mais que a gente saiba que existe a expectativa do torcedor, o que existe hoje é isso: o técnico que nós tínhamos como alvo, nesse momento, ele não pode estar conosco.
O Inter sonha com Coudet para janeiro, conta com Colbachini para o agora, e pode finalizar o ano com um técnico provisório. E, nesse caso, os nomes de Lisca e de Zé Ricardo, esse último um treinador de confiança de Rodrigo Caetano, são fortes opções no Beira-Rio.