O interino Ricardo Colbachini considera sua experiência de 17 anos como técnico suficiente para comandar a equipe principal do Inter. Ele cita seus trabalhos em Caxias, Juventude e no time B colorado para afirmar que está pronto para assumir um desafio que não seja na base. Colbachini concedeu entrevista após a derrota por 1 a 0 para o Vasco, no Beira-Rio, na tarde deste domingo (20), pelo Campeonato Brasileiro.
— Apesar de muitos desses 17 anos terem sido na base, a gente conviveu na realidade com o Inter B, que é uma categoria profissional, são jogadores de nível profissional. E já trabalhei no Caxias, no Juventude, tive várias experiências. Tenho tido um feedback muito bom dos atletas, que estão gostando do trabalho, estão se doando. A gente pôde ver a prova hoje. O que o nosso grupo correu, a dedicação e a entrega. Então, me considero pronto, sim. Quero ajudar o máximo que eu puder — declarou Ricardo Colbachini, 34 anos.
Se contra o Avaí, na última quinta-feira (17), as substituições feitas por ele fizeram o Inter chegar ao segundo gol, hoje Colbachini preferiu manter os jogadores de frente. Apenas Nico López foi sacado para a entrada de Sarrafiore, e o lateral Zeca deu lugar a Wellington Silva.
— A gente tinha vários jogadores com qualidade no banco, mas no momento acreditei que os que estavam em campo tinham capacidade de decisão grande. É o caso do Guerrero, do D’Ale. São jogadores que são refinados, que tem a capacidade de em um lance sair de uma marcação e conseguir uma boa conclusão, conseguir um gol, né. E a gente acabou optando por não fazer a troca. Mesmo tendo um banco qualificado — avaliou, justificando a entrada de Sarrafiore por considerá-lo decisivo e bom passador.
O VAR participou mais uma vez. Aos 46 minutos do primeiro tempo, D'Alessandro dominou o rebote da cobrança de escanteio feita por ele mesmo e finalizou de fora da área, marcando o que seria o primeiro gol da partida. Porém, o lance foi anulado por falta cometida por Cuesta no zagueiro vascaíno. As imagens foram revisadas pelos árbitros e o gol foi invalidado pelo juiz principal da partida, Vinicius Gonçalves Dias Araujo. Ricardo Colbachini relembrou as decisões do VAR em partidas que o Inter não venceu:
— Já aconteceu em várias oportunidades. Num jogo aqui teve um lance de pênalti no Patrick, em que o VAR não foi chamado. Teve uma situação que o Roberto foi agarrado e o VAR não foi chamado. E hoje, num lance de disputa, que na minha visão foi normal, vejo que o Cuesta tem o toque, mas é um toque normal que tem em todos os lances.
Após três partidas no comando interino do Inter, Colbachini somou quatro pontos de nove possíveis. A derrota para o Vasco custou uma chance de se aproximar do G-4. As próximas duas partidas são confrontos diretos, contra Bahia, Athletico-PR e Grêmio. O técnico considera normal a irregularidade dos times que brigam nessa faixa da tabela.
— É um campeonato muito equilibrado. Se você for acompanhar, o Corinthians vem oscilando e São Paulo também. A gente acabou perdendo uma partida importante dentro de casa, o Grêmio acabou perdendo, também. Várias equipes vão oscilar, essa troca de pontos é normal no campeonato. A gente tem que voltar a vencer lá na Bahia, voltar ao G-6, e a partir daí começar a projetar o G-4 também — projetou Colbachini.
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