Em mais um jogo com polêmicas de VAR e de gol anulado, o Inter perdeu por 1 a 0 para o Vasco, no Beira-Rio. D'Alessandro recebeu o terceiro cartão amarelo, assim como Patrick, e eles não enfrentarão o Bahia de Roger Machado, no sábado, na Fonte Nova. Com a semana livre para treinos, não será surpresa se a direção colorada anunciar a contratação de um treinador para os últimos 11 jogos do Campeonato Brasileiro.
Antes do jogo, coloradas fizeram uma caminhada em alusão ao Outubro Rosa — o mês de conscientização e prevenção ao câncer de mama — e, com o acesso liberado às associadas, o Beira-Rio contou com milhares de torcedoras em suas arquibancadas. Em campo, o Inter tentava se impor sobre a equipe de Vanderlei Luxemburgo. Com D'Alessandro tendo liberdade para se movimentar, a equipe até conseguia se manter por mais tempo na área de ataque, e com grande posse de bola, porém, com pouca efetividade.
Se a posse da bola cor de rosa (em incentivo ao Outubro Rosa) era do Inter, as melhores chances de gol eram do Vasco. Aos 23 minutos, um bombardeio por pouco não vazou o gol colorado. Marrony bateu com força e Marcelo Lomba fez grande defesa. No rebote, Rossi, ex-Inter, bateu cruzado e Heitor quase marcou contra.
Aos 43 minutos, após um rebote de escanteio, D'Alessandro marcou um golaço, de vinheta de TV, de fora da área. Enquanto os colorados comemoravam, porém, o maior vilão do futebol brasileiro atual, o VAR, chamou o árbitro paulista Vinícius Gonçalves Dias Araújo foi chamado para revisar o lance. Seis minutos depois, ele anulou o gol, marcando falta de Cuesta em Richard, na cobrança de escanteio.
Gol anulado, o árbitro deu apenas cinco minutos de acréscimo, e, nesse curto período, o Inter por pouco não levou um gol de Ribamar, que bateu na saída de Lomba, mas que viu a bola correr pela linha de fundo. O lance do gol anulado e a incorreção nos acréscimos, só aumentaram a tensão no estádio contra a arbitragem.
Na segunda etapa, a insegura arbitragem passou a dar o tom da partida. A cada lance, um festival de reclamações, de lado a lado. Se quem não faz leva, quem tem gol anulado pelo VAR acaba levando também. Aos sete minutos, após cruzamento na área, Rossi bateu cruzado, Lomba ainda a desviou, mas ela acertou a trave e, no rebote, Fuchs e Marrony se atrapalharam até que o vascaíno conseguiu empurrar a bola para o gol: Vasco 1 a 0.
Emocionalmente desestabilizado devido às queixas contra a arbitragem, o Inter passou a precipitar as suas jogadas de ataque. Com Sarrafiore no lugar de Nico, o Inter tentou retomar a força ofensiva. Deu certo num primeiro momento, inclusive com o jovem argentino obrigando Fernando Miguel a mandar a escanteio. Depois, Cuesta, de cabeça, e Fernando Miguel salvou quase de dentro do gol. Cuesta já havia se transformado em atacante, e viu uma vez mais o goleiro buscar um arremate seu.
Apesar do esforço, de correr uma vez mais atrás do placar e das chances desperdiçadas ou defendidas por Fernando Miguel, o Inter perdeu mais uma em casa. E voltou a patinar na tentativa de retornar ao G-4.