Assim como na eliminação para o Flamengo na Libertadores, o Inter confiou no fator Beira-Rio para reverter o resultado diante do Athletico-PR na decisão Copa do Brasil. No entanto, foi derrotado e, assim como os flamenguistas, não conseguiu o resultado desejado. Na partida da quarta-feira (18), Odair Hellmann não pôde contar com D'Alessandro e perdeu sua referência técnica dentro de campo.
Para Mauro Cezar Pereira, comentarista dos canais ESPN, se a atuação contra o Palmeiras nas quartas de final foi a melhor do ano, as duas eliminações das competições mata-mata marcaram as piores apresentações do Inter na temporada.
— Faltou repertório para o time, a equipe criou muito pouco. Odair é um técnico jovem, e precisa começar a pensar o futebol de outra forma. Quando precisa mudar o modo de jogar, não consegue — concluiu.
Para Mauro Cezar, o maior problema do Inter foi a falta de coragem nas primeiras partidas fora de casa – derrota por 2 a 0 no Maracanã e novo tropeço, desta vez por 1 a 0, na Arena da Baixada.
— O Inter precisa de um pouco mais de coragem jogando no campo do adversário. Joga para não perder — completou.
Mauro Beting, comentarista do Esporte Interativo, concorda com análise feita pelo colega.
— As derrotas fora de casa fizeram o Inter pagar o preço em Porto Alegre. Faltou ousadia (como visitante) — afirmou Beting.
Apesar disso, Beting discorda de Mauro Cezar no que diz respeito ao trabalho do treinador colorado. Para ele, o trabalho de Odair ainda é muito bom.
— Não faltou muita coisa para o Inter. (Os resultados) foram mais mérito de Athletico-PR e do Flamengo — salientou.
Para Leonardo Oliveira, colunista de GaúchaZH, o Inter acreditou que a força do Beira-Rio ajudaria a reverter a desvantagem da primeira partida.
— O Inter confia no calor do Beira-Rio, sim. Confiou na Libertadores, na Copa do Brasil e também o faz no Brasileirão. Há uma postura diferente do time. O recuo instintivo do adversário cede terreno ao Inter, que avança e marca mais alto. Essa pressão faz com que as individualidades cresçam. E com que a torcida venha junto, criando um ambiente de pressão.